Quando se fala em bolsa de valores, muita gente ainda imagina que é preciso ser milionário para começar. A verdade é bem diferente: hoje é possível se tornar acionista de grandes empresas brasileiras investindo valores menores do que o preço de uma pizza. E sim, com apenas R$10 já é possível dar o primeiro passo no mercado de ações.

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Mas antes de listar alguns exemplos, vale destacar dois pontos importantes: primeiro, investir em ações envolve riscos, e por isso exige estudo e acompanhamento; segundo, não se trata aqui de recomendações de compra, e sim de informações e curiosidades sobre empresas que hoje estão acessíveis a quem quer começar com pouco dinheiro.

Como funciona o mercado fracionário

Uma das dúvidas mais comuns de quem está iniciando é sobre a forma de comprar ações. Cada ação pode ser adquirida de duas maneiras: no mercado padrão (o chamado lote de 100 ações) ou no mercado fracionário (indicado pela letra “F” após o código da ação).

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Isso significa que, se você quiser comprar apenas uma ação da empresa XYZ, basta digitar o código seguido de “F”. A cotação pode ter uma pequena variação em relação ao lote cheio, mas na prática o funcionamento é o mesmo. Esse sistema abre as portas da bolsa para pequenos investidores.

Outro ponto interessante é que os ganhos (ou perdas) na bolsa são sempre proporcionais. Ou seja: se uma ação se valoriza 2% em um dia, esse percentual será o mesmo para quem aplicou R$10 ou para quem investiu R$1 milhão. A diferença, claro, é o volume financeiro.

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Exemplos de ações que custam menos de R$10

Embora o preço de uma ação não seja o único critério de avaliação — afinal, mais importante é a qualidade da empresa e o potencial de crescimento —, existem vários papéis negociados hoje por valores bastante acessíveis.

No setor de construção civil, por exemplo, temos empresas como JHSF3, EVEN3 e MTRE3, que enfrentam desafios diante da alta dos juros, mas seguem como alternativas conhecidas no mercado.

Na área de saúde, três nomes chamam a atenção: DASA3, voltada a laboratórios e diagnósticos; PGMN3, da rede de farmácias Pague Menos; e QUAL3, ligada a planos de saúde.
Já no setor financeiro, aparece o papel BMGB4, de um banco que costuma atrair investidores pela expectativa de bons resultados.

Outro ativo curioso é o MEAL3, da International Meal Company, grupo que atua em restaurantes, hotelaria e até fornece refeições para companhias aéreas.

Na mobilidade, a MOVI3, da locadora Movida, também figura entre as ações com preço inferior a R$10. E para quem gosta do setor de commodities, há a CMIN3, ligada à mineração — segmento que costuma ter relevância na bolsa, tendo como grande referência a Vale.

Vale a pena começar com tantas ações?

É importante lembrar que, para quem está iniciando, não faz sentido montar uma carteira muito diversificada de imediato. O ideal é estudar cada empresa, entender seus números, acompanhar notícias do setor e só então decidir em quais investir. O preço baixo por si só não garante bons resultados.

A grande curiosidade aqui é mostrar que investir em ações não é algo distante ou reservado a poucos. Com pouco dinheiro, já é possível começar a experimentar a dinâmica da bolsa e, aos poucos, criar uma mentalidade de investidor.

Leia mais: Como começar a investir com pouco dinheiro?

Do primeiro passo ao patrimônio

Investir em ações com R$10 pode não mudar sua vida financeira de imediato, mas tem um valor simbólico importante: quebra o mito de que a bolsa é inacessível. A partir desse início, o investidor pode aprender sobre o funcionamento do mercado, ganhar confiança e, com o tempo, aumentar gradualmente os aportes.

Mais importante do que “acertar” a melhor ação barata é criar o hábito de investir e entender que patrimônio se constrói com consistência, disciplina e paciência. Afinal, não é o tamanho do primeiro passo que importa, mas a direção em que você está caminhando.

Abaixo eu trago um vídeo explicativo sobre o tema.

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Meu nome é Marlon Roza, sou seu Amigo de Negócios