Vasectomia é quase irreversível

A operação de vasectomia, que impede o homem de gerar filhos, pode não ser tão reversível como os médicos imaginavam. Uma nova pesquisa apresentada na última quarta-feira na Sociedade Britânica de Fertilidade mostrou que a operação tem efeitos de longa duração sobre a contagem de espermatozóides e possibilidade de ter filhos em processos de fertilização assistida. Os pesquisadores da Queen?s University, em Belfast, na Irlanda do Norte, descobriram que homens submetidos à operação têm uma contagem muito mais baixa de espermatozóides do que os que não passaram pelo procedimento. Os cientistas estudaram 21 homens que fizeram vasectomia para contracepção depois de terem sido pais havia mais de dez anos. A contagem nesses homens era de 3,6 de espermatozóides por grama de tecido de biópsia, contra 11,2 milhões de espermatozóides por grama nas amostras retiradas de homens que não haviam se submetido a vasectomia. Eles também constataram que tratamentos de fertilidade são menos bem-sucedidos quando aplicados aos homens “vasectomizados”. Quando se adota a injeção intracitoplasmática de espermatozóide, em que uma única célula sexual masculina é inserida no óvulo, a probabilidade de sucesso dos que haviam passado por vasectomia é metade da verificada entre os demais homens saudáveis.

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