Terapias podem ajudar no combate ao câncer

Terapias complementares, como acupuntura, ioga, meditação e reeducação alimentar, podem contribuir para a cura do câncer e a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Quem afirma é o economista e estudante de psicologia Vítor Caruso Júnior, que lançou ontem, no Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), em Curitiba, o livro Com Qualquer Um de Nós.

Em 66 páginas, a obra conta a experiência do autor que, no ano 2000, descobriu que tinha câncer linfático. Em função da doença, Vítor, que hoje está curado, começou a pesquisar sobre terapias complementares e como o estresse e o desequilíbrio emocional podem influenciar na saúde física das pessoas.

“Li diversos livros e me deparei com muita bobagem, mas também com muitos trabalhos sérios”, afirma. “Com base em minha experiência e em meus estudos, resolvi lançar o livro e transmitir um pouco de meu conhecimento. As terapias complementares podem acelerar a cura do câncer e contribuir muito com a medicina tradicional.”

Quando estava em tratamento, Vítor começou a se submeter a sessões de acupuntura. Segundo ele, a utilização das agulhas fez com que seu organismo passasse a reagir melhor à quimioterapia. “A acupuntura eliminou todos os efeitos desagradáveis da quimioterapia”, conta. “Não senti náuseas nem enjôos. Sem esses sintomas, consegui me alimentar melhor e fazer com que meu organismo se fortalecesse.”

Hoje, Vítor acredita que, em todos os hospitais e centros de tratamento do câncer, deveria haver uma sala de acupuntura localizada ao lado da sala de quimioterapia. De acordo com o autor, meditação, ioga e uma alimentação desprovida de carne, açúcar, cafeína e álcool também podem contribuir para a cura. “Tudo isso contribui com a melhoria da qualidade de vida do paciente e ajuda na recuperação”, garante.

A utilização de músicas clássicas nas salas de cirurgia é outra tese defendida. Vítor conta que, quando estava com câncer, precisou se submeter a um exame considerado bastante dolorido. Durante o procedimento, utilizou um fone de ouvido e ficou escutando música clássica. “O exame foi supertranqüilo e não senti dor”, revela. “É comprovado que a música clássica, em nível inconsciente, tem influência tranqüilizadora. Acho que ela deveria ser mais utilizada nos hospitais.”

Atualmente, o autor realiza trabalhos com voluntários na Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia (Apacn) e possui uma clínica de terapias alternativas. Nela, todas as sextas-feiras, são ministradas aulas gratuitas de meditação abertas à comunidade.

O livro custa R$ 15. A arrecadação com a venda da publicação será revertida para a Apacn e para o Centro de Meditação Paramita. A obra pode ser adquirida pela internet, no site www.cienciameditativa.com,  ou pelo telefone (41) 242-6699.

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