Terapia saiu dos consultórios e caiu na internet

A terapia saiu dos consultórios e caiu na internet. No Brasil, com cerca de 80 milhões de internautas, a demanda por atendimentos psicológicos online tem crescido, embora ainda enfrente resistência de muitos psicólogos tradicionais. Hoje, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) não reconhece o atendimento psicoterapêutico pago por meio do computador. Mas há uma exceção: é permitida uma “orientação psicológica”, limitada a dez sessões, para atender pessoas com conflitos pontuais, como problemas sexuais, com os filhos, ou no trabalho.

A última regulamentação do CFP sobre o tema é de 2005. A norma autoriza a terapia online em casos experimentais e de pesquisa, sem cobrança de honorários. Já no caso da “orientação psicológica”, o psicólogo pode cobrar e precisa ser credenciado no CFP, que emite um selo para garantir que o site é reconhecido. “Ainda é preciso definir exatamente o que é fazer terapia. Mas por que não fazer terapia pelo Skype com alguém da sua confiança?”, argumenta a psicóloga Milene Rosenthal, sócia-fundadora do site Psicolink, criado há cerca de um ano especificamente para consultas virtuais.

A ideia do serviço online, diz Milene, é aproximar o psicólogo da população e estar perto das pessoas: em casa, no trabalho, no trânsito. Em um ano, foram quase 400 atendimentos virtuais, sendo que cada sessão custa R$ 65 – mais em conta do que uma sessão presencial, cujo preço pode variar entre R$ 100 e R$ 300. As informações são do Jornal da Tarde.

AE

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