Sementes de magnólia contra tumores

Cientistas americanos descobriram nas sementes da magnólia um princípio ativo que, ao inibir o crescimento de novos vasos sangüíneos, é capaz de frear o desenvolvimento de tumores, revelou a versão on line da revista científica “Science Daily”.

Experimentos realizados na Emory University de Atlanta demonstram que o princípio em questão ? batizado honokiol ? demonstra uma especificidade para inibir o crescimento de células endoteliais, ou seja, as que o organismo necessita para “construir” novos vasos sangüíneos.

Nos últimos anos, a classe dos compostos inibidores da angiogênese ? o fenômeno do crescimento dos vasos sangüíneos ? ocupa o centro da atenção dos estudos sobre o câncer, ao se comprovar que, para proliferar, os tecidos dos tumores liberam no organismo um sinal químico. Esse sinal serve para estimular o crescimento dos vasos sangüíneos, através dos quais os tumores poderão receber oxigênio e toda a nutrição necessária.

A eficácia do honokiol verificada “in vitro” foi confirmada experimentalmente em cobaias, informou a “Science Daily”, ao examinar os estudos da Emory University.

Em cobaias tratadas com substâncias que promovem o crescimento das células cancerígenas, o honokiol reduziu em cerca de 50% o desenvolvimento das áreas afetadas.

As sementes de magnólia são conhecidas tradicionalmente como medicamento de herbanário no Japão, onde são usadas em algumas misturas de chá de efeito refrescante e calmante, segundo Jack Arbiser, um dos principais colaboradores da pesquisa.

A eficácia do honokiol pode estar vinculada não apenas a propriedades contra o crescimento das células dos vasos sangüíneos, mas também a propriedades anticancerígenas mais específicas. Seu uso como remédio clínico pode ser facilitado pela facilidade com que pode ser sintetizado em laboratório e por sua capacidade, uma vez injetado, de permanecer em circulação durante muito tempo, sem ser metabolizado pelo fígado, como demonstraram as experiências com cobaias.

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