Saúde intensifica vacinação contra febre amarela

O Ministério da Saúde intensifica vacinação da população contra febre amarela em Goiás e no Distrito Federal. Em entrevista coletiva nessa segunda-feira (7), o secretário de Vigilância em Saúde, Gerson Penna, afirmou que a medida foi tomada em resposta às mortes de macacos próximos de áreas urbanas.

O risco de febre amarela em áreas urbanas, no entanto, está descartado. Segundo Gerson Penna, desde 1942 não há registro de febre amarela urbana no Brasil. Todos os casos registrados atualmente são de pessoas que contraíram a doença ao entrar nas matas. ?A febre amarela tem uma vacina 99% eficaz. Ela é fabricada pelo Ministério da Saúde, por meio da Fundação Oswaldo Cruz. É uma doença completamente evitável?, disse o secretário.

Segundo ele, o Ministério da Saúde está intensificando a vacinação em regiões endêmicas, pois no verão há uma maior circulação de mosquitos somada ao fato de mortes de macacos próximos a áreas urbanas.

O Ministério da Saúde deslocou 300 mil doses de vacina de seu estoque estratégico para o Centro-Oeste. ?Precisa vacinar quem vai por turismo ou a trabalho para áreas endêmicas, principalmente aqueles que vão entrar nas matas?, afirmou o secretário.

?A vacinação contra a febre amarela é uma ação de rotina. Nas regiões Norte e Centro Oeste ela faz parte do calendário de vacinação infantil. Toda criança com mais de 1 ano pode tomar a vacina?, disse Gerson Penna. ?A morte de macacos próxima de áreas urbanas não significa que a população está em risco. O Ministério da Saúde, em conjunto com os governos estadual, distrital e municipal, está fazendo uma intensificação da vacinação, como uma ação preventiva, para aqueles que não tomaram a vacina ou que há mais de dez anos não fizeram o reforço.?

No Brasil a vacina é gratuita e sua proteção dura por 10 anos. A vacina contra a febre amarela dá uma proteção individual, ou seja, protege apenas as pessoas que recebem o imunizante. Por isso é preciso que todos os que não tenham sido vacinadas, procurem uma Unidade de Saúde para receber a vacina.

?A morte de macacos é um evento sentinela. Muito antes dos exames laboratoriais, todas as medidas de vigilância e vacinal são tomadas?, afirmou Gerson Penna. A ação é tomada porque a morte de macacos é vista como sinalizador de risco para a febre amarela em humanos. O ciclo de transmissão se pela dá pela picada de um mosquito, que faz a ?ponte? entre um macaco doente e as pessoas.

Os laudos definitivos dos macacos que morreram próximos de Brasília devem sair em dez dias.

Situação da Febre Amarela no país

Áreas de Risco (Mantém circulação do vírus na natureza)

Toda a Região Norte

Toda Região Centro Oeste

Maranhão

Minas Gerais

Áreas de Transição

Oeste dos seguintes estados: Piauí, São Paulo, Paraná e Santa Catarina

Risco Potencial

Sul dos seguintes estados: Bahia e Espírito Santo

Contra-indicações:

A vacina contra febre amarela é contra-indicada em crianças com menos de 6 meses de idade;

imunodepressão transitória ou permanente, induzida por doenças (neoplasias, AIDS e infecção pelo HIV com comprometimento da imunidade) ou pelo tratamento (drogas imunossupressoras acima de 2mg/kg/dia por mais de 2 semanas, radioterapia etc.);

Gestação em qualquer fase constitui contra-indicação relativa a ser analisada para cada caso na vigência de surtos;

Reações anafiláticas relacionadas a ovo de galinha e seus derivados ou a outras substâncias presentes na vacina (ver composição) constituem contra-indicação para a vacina contra febre amarela.

Precaução

Nos casos de doenças agudas febris moderadas ou graves recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações da doença.

Indivíduos soropositivos para HIV, em regiões de médio e alto risco para Febre Amarela, devem ter sua vacinação avaliada levando-se em conta sua contagem de CD4 e carga viral.

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