Um sorriso bonito abre muitas portas. Além de causar boa impressão, demonstra saúde, boa aparência, autoestima elevada e ajuda a se aproximar das pessoas.
A preocupação em manter a saúde bucal começa desde criança, quando se inicia o trabalho de preservação dos dentes, o maior aliado do sorriso perfeito no futuro.
Para manter os dentes saudáveis é preciso um cuidado conjunto, dos pais e de um especialista no assunto: o dentista.
A principal orientação para os pais é de que a ida ao consultório odontológico não seja feita somente quando a criança reclamar de dores, em caso de acidentes ou quando se percebe a incidência de cáries.
Os pais devem levar os filhos ao dentista nos primeiro ano de vida, para começar a prevenção desde cedo e, assim, evitar problemas futuros, justamente na fase em que o tratamento é mais complicado.
“Atualmente, a odontologia tem caráter preventivo e os cuidados devem começar no início da gestação”, enfatiza o cirurgião Valter Ferreira. Ele recomenda que deve ser marcada uma visita ao dentista no primeiro trimestre da gravidez para que ela receba orientação.
Entre elas, a ingestão de alimentos ricos em cálcio, fósforo e potássio. “Já se sabe que a prevenção da cárie e de outros problemas na boca da criança começa com a própria higiene bucal da mãe”, avisa o dentista.
Higienização diária
Quando o bebê nasce é possível dar início ao tratamento dentário, com a remoção do leite ou de alimentos que ficam acumulados na língua, próximos às bochechas e no canto da boca.
“Assim que nascer o primeiro dente, a higienização precisa ser feita após as refeições e antes de a criança dormir”, orienta Ferreira. Embora não haja um tamanho de escova de dente ideal para essa faixa etária, o processo de limpeza pode ser feito com uma gaze umedecida em uma solução preparada com três colheres de sopa de água fervida ou filtrada e uma colher de água oxigenada de 10 volumes.
A utilização das escovinhas deve se dar a partir dos 18 meses. Antes de qualquer coisa, é fundamental incentivar a criança a adquirir o hábito da higiene bucal. Na infância, é comum a ingestão constante de chocolates, balas, pirulitos e chicletes, considerados o terror dos dentistas.
“Na verdade, a vilã é a placa bacteriana, uma película incolor que se adere na superfície dos dentes”, ressalta a dentista Maria Luiza Corrêa. Assim, quando a criança consome alimentos açucarados, as bactérias produzem ácidos que se acumulam nos dentes, podendo causar cáries e, até, inflamação na gengiva.
Uso do flúor
Além disso, os pais devem estar atentos para o modo como a criança respira. A respiração correta é realizada somente pela boca.
Também devem estimular a mastigação, já que a falta de esforço muscular da boca prejudica o bom crescimento ósseo e também contribui para que a criança seja mais vulnerável às cáries.
Os principais problemas na dentição dos pequenos ainda se dão pela falta de cuidado. Muitos esquecem cuidados básicos, como utilizar o fio dental todos os dias, principalmente antes de dormir.
Outros ainda substituem a escovação pelo bochecho com flúor, o que não é totalmente recomendado. “O uso do flúor, diariamente, é apenas um complemento”, considera a especialista.
O começo dos cuidados
* É essencial escovar os dentes no mínimo três vezes ao dia
* Recomenda-se o uso do fio no mínimo antes de dormir
* O bochecho com flúor não substitui a escovação, pois é um tratamento complemen,tar
* Deve-se evitar a ingestão de doces fora do horário das refeições
* É importante consumir alimentos ricos em cálcio, como queijo, leite e derivados
* Prefirir pasta de dentes com flúor, substância que previne a desmineralização dos dentes
* Mel e açúcar mascavo não substituem o açúcar convencional, pois contêm as mesmas substâncias que provocam cáries
* Durante a amamentação, dê preferência ao leite materno ou puro. Não engrosse com maisena ou coloque açúcar, pois esses ingredientes são responsáveis pela “cárie de mamadeira”.
Aparelhos ortodônticos se rendem à estética
A cena se repete nos consultórios odontológicos: um paciente adulto protela a colocação de aparelho para corrigir problemas dentários por receio de ficar com um “sorriso metálico” por muito tempo, principalmente, pela aparência antiestética dos bráquetes metálicos.
“Com a evolução tecnológica da ortodontia, a primeira mudança foi no perfil de pacientes que buscam o consultório dentário, hoje o número de adultos supera o de crianças e adolescentes”, explica a ortodontista Renata Feres. Eles buscam um tratamento mais discreto, preocupados com a aparência.
Os aparelhos compostos pelos bráquetes estéticos são produzidos com policarbonato ou cerâmica, que geram a coloração transparente ou branca. Especialistas ainda questionam o tratamento utilizando estes materiais com relação à colagem e descolagem, resistências na movimentação dos dentes ou descoloração.
O que é comprovado é que cuidados específicos são necessários. Tanto por parte do ortodontista quanto pelo paciente. Para a especialista, o resultado do tratamento é o mesmo, independente do material escolhido.
“Pode-se usar o aparelho estético em quase todas as situações, os melhores são aqueles feitos em cerâmica, pois não mudam de cor e são extremamente eficientes”, garante.