A descontinuidade do tratamento da asma é um dos grandes obstáculos enfrentados pela classe médica. Cerca de 75% dos pacientes não seguem o tratamento ao final de um ano, enquanto que 56% não fazem tratamento profilático, o que evitaria as complicações da doença, como as crises. O problema da descontinuidade do tratamento e os benefícios do acompanhamento médico precoce serão tema do X Congresso Paulista de Pneumologia, neste sábado, dia 08, no Centro de Convenções Rebouças em São Paulo. Cerca de 500 especialistas de todo o país estão sendo esperados no Simpósio Tomada de Decisão no Manejo da Asma, um dos maiores do evento.
A asma é uma doença crônica que deve ser controlada para que o paciente viva tranqüilamente. Atualmente, atinge 18 milhões de brasileiros. Todo ano, duas mil pessoas morrem em decorrência da doença. Número que poderia ser drasticamente reduzido se fosse feito o diagnóstico precoce do problema e se o tratamento fosse contínuo e acompanhado.
A ausência de crises não é sinônimo de cura e não deve ser motivo para abandonar o tratamento. As ações emergencias, onde somente as crises são tratadas, são as maiores causas de complicações respiratórias, geradas pelo agravamento da doença. Segundo o pneumologista dos renomados Western General Hospital NHS Trust e da Universidade de Edinburgo (Escócia), Andrew Greening, o controle da asma deve ser rígido e contínuo, pois as pessoas asmáticas estão expostas a outros males, como pneumonia e até parada cardiorespiratória. “Se não for tratada adequadamente, a imunodeficiência do Sistema Respiratório destes pacientes pode levar a proliferação de outras doenças respiratórias e, em um estado mais avançado, a morte”, afirma um dos “papas” internacionais no assunto.
Para a maioria dos especialistas, Seretide é o mais indicado medicamento para o tratamento da asma. Pois reúne, em único inalador, o broncodilatador de ação prolongada – salmeterol – e o propionato de fluticasona, um anti-inflamatório que age no controle da inflamação brônquica, mecanismo principal da perpetuação dos sintomas da asma.
Trata-se do primeiro medicamento que age ao mesmo tempo como broncodilatador e anti-inflamatório.
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