Risco de otites aumenta no verão

No verão, alguns cuidados com a saúde devem ser redobrados. A água do mar e de rio, muitas vezes contaminada, pode trazer fungos e bactérias causadores de otites -infecções e inflamações do ouvido. “Geralmente as águas não tratadas oferecem maiores riscos de uma otite, por isso, é menos comum ter origem nas piscinas”, explica o otorrinolaringologista do Hospital Iguaçu, Maurício Kulka.

A otite leva em média de três a dez dias para se manifestar. O clima quente, o ambiente úmido e escuro favorece a proliferação de fungos levando à infecção. Dor, coceira, secreção, tontura, zumbido e diminuição da audição são os principais sintomas que podem indicar uma inflamação ou infecção do ouvido.

O tipo de maior incidência nessa época do ano é a externa, que atinge o canal do ouvido, mas não chega a agredir o órgão. O problema é mais freqüente em adultos, já que nas crianças, o canal de audição é reto o que facilita a saída da água. Nos adultos este canal é mais inclinado. “Eles abusam mais dos mergulhos e, na maioria das vezes, após sair da água, deixam de enxugar bem o ouvido”, observa o especialista. Nas crianças, a otite mais comum é a interna, que incide mais no inverno, em decorrência de gripes e resfriados, agredindo mais o ouvido.

Para prevenir essas infecções, o mais indicado é se evitar longos períodos na água e secar bem os ouvidos. O uso de cotonetes deve ser descartado ou ser usado apenas na parte externa da orelha, pois a haste pode machucar o ouvido, tirar a cera protetora e até mesmo perfurar o tímpano.

Para quem já tem uma imunidade mais baixa ou com problemas freqüentes de infecção auditiva, pode tomar outras medidas preventivas, como usar tampão de silicone ou, na dúvida, procurar um otorrinolaringologista. A melhor prevenção é procurar um médico logo que se note algum sintoma diferente.

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