Programa de combate à aids brasileiro é considerado modelo

No dia que encerra a XIV Conferência da Aids, nesta capital catalã, o Brasil esteve no centro das atenções: o programa brasileiro de combate à epidemia é considerado modelo para o resto do mundo.

O coordenador Paulo Roberto Teixeira, do Programa Brasileiro de Aids, convidado para fazer recomendações, cobrou dos países ricos seu compromisso no combate à epidemia. ?Estados Unidos, Europa e Japão têm de assumir sua responsabilidade em mudar, ou não, a dramática situação da aids?, advertiu Teixeira.

Lembrando que ?os países ricos são ricos porque drenam grande parte da riqueza de outros países, na forma de royalties, juros ou taxas comerciais?, Teixeira criticou o pequeno investimento feito tanto no acesso ao tratamento como em pesquisas para a produção de uma vacina.

Expressando sua decepção com o fato de nenhum país em desenvolvimento, além do Brasil, produzir fármacos genéricos para o tratamento da doença, Teixeira lembrou que o Brasil lançou-se à produção de genéricos para evitar os altos preços das grandes farmacêuticas, oferecendo aos demais países pobres a transferência gratuita da tecnologia.

Em 1992, previa-se que o Brasil teria, no ano 2000, por volta de 1,2 milhões de soropositivos. Mas a política de controle dos últimos anos – incluída a produção de genéricos – reduziu o número de casos à metade.

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