País dá pontapé inicial na 2.ª etapa de vacinação

Ontem foi dado o pontapé inicial para a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação. Até o dia 3 de setembro, crianças menores de cinco anos de todo o País deverão receber as gotinhas contra a poliomielite (paralisia infantil). A vacina tríplice viral (VTV), que protege do sarampo, caxumba e rubéola, também estará disponível nos postos de saúde para as crianças de 12 meses a cinco anos.

A meta é imunizar cerca de 17 milhões de crianças contra a pólio e 13 milhões contra as demais doenças. Em junho, na primeira fase da campanha, a cobertura vacinal chegou a 100%. O balanço final da campanha deve ser apresentado no começo de setembro.

Ontem, durante o primeiro dia de vacinação, cerca de 177 mil postos de saúde e 439 mil pessoas, entre servidores públicos e privados e voluntários estiveram envolvidos na mobilização em todo o Brasil. No Paraná, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a vacinação ocorreu em aproximadamente 15 mil postos de saúde. O atendimento nas unidades é realizado das 8h às 17h.

De acordo com a chefe da Divisão de Doenças Imunopreviníveis da Sesa, Miriam Marques Woiski, a conscientização da população sobre a importância das vacinas é decisiva no controle dessas doenças. O último caso de poliomielite registrado no Paraná, foi em 1986. Em Curitiba, o último registro da doença ocorreu em 1985. Os casos de sarampo também estão controlados. Segundo a Sesa, o último registro da doença foi em 1999. “Todo mundo sabe da necessidade da vacinação. Foi feito um grande trabalho de divulgação por parte do Ministério da Saúde (MS), que tem atingido suas metas em todas as campanhas. As doenças estão controladas, mas sabe-se que é preciso continuar com o trabalho”, destacou Miriam.

A poliomielite e o sarampo são consideradas duas das doenças mais graves na infância. Seus sintomas iniciais são parecidos. As pessoas infectadas pelos vírus causadores dessas doenças sentem, em sua maioria, febre alta, fadiga e dores de cabeça. No caso do sarampo, os pacientes têm ainda tosse intensa, conjuntivite e a pele fica com placas avermelhadas. “O sarampo, por exemplo, está controlado nas Américas, mas em grande parte dos países do mundo, a ocorrência ainda é grande. Se por algum motivo, alguém com a doença chegue no Brasil, todos já vão estar imunizados contra isso”, explica a doutora.

Ao todo, serão distribuídas até o final da campanha, 26,3 milhões de doses da vacina contra a pólio, e 20,1 milhões da VTV.

Curitiba deve vacinar 136 mil crianças

A meta para vacinação em Curitiba, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é de 136 mil crianças contra a pólio e 109 mil contra o sarampo. Ontem, no primeiro dia, a presença dos pais que levaram os filhos nas unidades de saúde nos postos de vacinação espalhados pela cidade foi grande.

As irmãs Vanessa e Graziele do Carmo, de 21 e 22 anos, respectivamente, levaram seus filhos para a vacinação, aproveitando o menor movimento da parte da manhã. Cinco crianças tomaram as duas vacinas. O mais velho, já com cinco anos, tomou apenas a tríplice viral. “Trouxemos todo mundo e agora já não temos que nos preocupar pelo menos até a próxima campanha”, disse Vanessa, mãe de duas crianças. “Eles reclamam um pouco de dor por causa da injeção, mas passa rápido e a importância da vacina compensa o pequeno sacrifício”, completou.

Quem também aproveitou a parte da manhã foi João Carlos, de 33 anos, que trabalha em uma empresa terceirizada. Ele levou o filho e os sobrinhos para serem vacinados. “São apenas alguns minutos e com isso garantimos a saúde dos nossos filhos. Já não é possível se descuidar com essas questões. Não dá para ter problemas de saúde por falta de cuidado”, contou.

Maria do Rocio, de 44 anos, já tem uma filha de 15 anos e ressaltou a importância das vacinas na prevenção de doenças. Ontem, foi a vez do filho de 1 ano e um mês. “É necessário. Já tive a experiência com minha outra filha e vi que as campanhas são essenciais”, disse.

Célia Miranda, de 22 anos, levou a filha de 3 anos para tomar as vacinas e garantiu que volta para as próximas campanhas com o próximo filho. Grávida de seis meses, ela explicou que vai tomar as mesmas medidas na hora da vacinação da outra criança. “Temos que ter o cuidado com a saúde e nessa hora, não podemos deixar de comparecer nos postos. Não demora nada e o benefício é enorme”, afirmou. (RCJ)

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