Nutrólogo defende novos alimentos transgênicos

O presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), Durval Ribas Filho, se disse favorável aos alimentos geneticamente modificados, principalmente aqueles da chamada terceira onda, ou seja, uma geração de alimentos com aprimoramento nutricional. Por enquanto, esses alimentos não passam de estudos, mas conforme o nutrólogo, em breve a nutrogenômica será capaz de desenvolver alimentos que combatam a intolerância à lactose, por exemplo. Hoje, entre 40% e 45% das pessoas têm algum grau de intolerância.

Ribas Filho destacou que a obesidade é outro mal que poderá ser combatido pela genética: “Será possível produzir alimentos com o mesmo sabor e nutrientes, mas menor teor calórico”, comentou.

Mesmo assim, o nutrólogo respeita a posição do Estado do Paraná, que é totalmente contrária aos Organismos Geneticamente Modificados (OGMs). “Tudo que é novo é contestado mesmo. Essa discussão traz um acúmulo científico importante”, afirmou.

Beterraba

Recentemente a Abran analisou e aprovou um estudo sobre a beterraba transgênica, que está sendo estudada nos Estados Unidos. Assim como a soja, o milho e o algodão geneticamente modificados, ela requer uma quantidade menor de herbicida. Contudo, não traz nenhum benefício nutricional: “Pelo estudo ela não causa danos à saúde nem ao meio”, disse, lembrando que os estudos feitos usam o método LCA, bem aceito na comunidade científica mundial.

Porém, apesar do ganho em produtividade apontado por Ribas Filho, ele lembrou que seu contato com a beterraba OGM provém de dados científicos repassados a ele. A Abran ainda não fez seus próprios exames da hortaliça.

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