No frio cresce procura pelas cirurgias plásticas

Com a chegada do inverno, as clínicas de cirurgias plásticas de todo Brasil estão lotadas de clientes. Anualmente, no País, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC), são feitos cerca de 350 mil procedimentos cirúrgicos, a maioria nos meses de frio. No Paraná, até o fim do mês, os cerca de 180 cirurgiões plásticos que atuam aqui esperam fazer cerca de seis mil operações.

O secretário da regional paranaense da Sociedade, Rogério Augusto Camargo Sheibe, revela que, ao contrário do que muitas pessoas acreditam, a cicatrização dos procedimentos não é mais rápida no inverno do que no verão. Porém, para muita gente, realizar as cirurgias no frio é considerado mais confortável.

“As pessoas costumam procurar mais as clínicas de cirurgias plásticas durante o inverno devido às férias escolares do mês de julho. Muitas vezes, quem tem filhos consegue deixá-los na casa dos avós ou de outros familiares e também conseguir folga no trabalho”, revela.

Outro benefício de fazer as cirurgias durante o inverno diz respeito ao uso de coletes modeladores corporais, necessários principalmente nos casos de lipoaspirações. “Os coletes são quentes, apertados e muito desconfortáveis para serem utilizados no verão”, comenta a estudante de enfermagem Renata França Gomes, que já realizou duas lipoaspirações, uma em julho de 2001 e outra em julho de 2002.

Na hora de escolher as datas de suas cirurgias, Renata também pensou nas desvantagens de estar cheia de dores e cicatrizes no verão. “Depois da cirurgia, os pacientes precisam ficar sem tomar sol por alguns meses. Isso impede que elas aproveitem a praia. Se fazem a cirurgia no inverno, até o verão já estarão completamente recuperadas”, explica Rogério.

As plásticas mais realizadas no Brasil são a lipoaspiração, a redução mamária e a colocação de implantes de silicone. O País está em segundo lugar em número de cirurgiões plásticos (3.700 profissionais), perdendo apenas para os EUA. “Para que haja segurança no momento da cirurgia, é fundamental verificar se o médico faz parte da SBPC”, alerta o secretário.

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