Na gravidez é preciso comer ?para dois?, e não ?por dois?, diz especialista

A gestação é um dos momentos mais especiais na vida da mulher. É um momento de intensa alegria, mas também de grande ansiedade e insegurança por ser um período de muitas transformações. Nesse momento, o organismo se ajusta para propiciar condições específicas  e favoráveis para gerar uma nova vida e muitas dúvidas sobre a alimentação surgem, levando em conta a saúde da mulher e do bebê.

Segundo a nutricionista Teresina Mendes dos Santos, o organismo da gestante necessita em média, de 300 calorias a mais por dia, levando sempre em consideração o peso em que a gestante encontrava-se antes da gravidez. ?É importante salientar q essa não é uma fase em que a mulher deve "comer por dois", mas sim q sua comida "valerá para nutrir dois"?, explica a nutricionista. ?O ganho excessivo de peso é um dos fatores de grande risco para a saúde tanto da mulher, como do bebê?, ressalta.

As calorias a mais devem ser cuidadosamente adicionadas no dia-a-dia da gestante, escolhendo alimentos saudáveis e nutrientes importantes para a saúde da mulher e do bebê. ?A futura mamãe deve comer grande variedade de alimentos, distribuídos em pequenas refeições, seis vezes ao dia, em média. Deve dar preferência a alimentos frescos, evitar frituras, gorduras, doces e enlatados e reduzir a quantidade de sal, além de beber ao menos 2 litros de água ao dia. Todos os nutrientes, de todos os grupos alimentares, são essenciais, mas a gestante precisa de maior quantidade de alguns deles, como o cálcio, ferro, proteínas, vitaminas C e D e ácido fólico?, explica a nutricionista.

Segundo Teresina Mendes, o ácido fólico é responsável pelo desenvolvimento adequado do cérebro e da medula espinhal do feto e pode ser encontrado em alimentos como: abacate, arroz integral, aspargo, batata, beterraba, brócolis, carne bovina magra, couve, couve flor, espinafre, feijões, frutas cítricas, ovos, entre outros. O ferro é indispensável para a produção de hemoglobina, que é responsável pelo transporte de oxigênio para as células tanto do bebê, como da futura mamãe e está nas carnes vermelhas, aves, peixes, feijões, castanhas, etc.

A vitamina C é importante na absorção do ferro e é um importante nutriente para a formação óssea do bebe.  O cálcio é fundamental para a formação dos ossos e dentes do bebê e para a produção de leite para a mulher. A vitamina D tem papel fundamental para a absorção do cálcio, prevenindo a má formação óssea e atraso no crescimento do feto. ?A luz solar é a principal fonte para que o organismo produza vitamina D. Tomar sol antes das 10h e após as 16h é suficiente?, explica a nutricionista.

As proteínas são responsáveis pela formação das células do feto e da placenta e estas podem ser de origem animal, como carnes, leite, ovos, queijo, ou de origem vegetal, encontrados em cereais integrais, ervilhas, feijões, soja, entre outros.

Desconfortos como enjôos e náuseas são normais nessa fase, principalmente nos três primeiros meses de gestação, porém, segundo a especialista, a boa nutrição colabora para aliviar esses sintomas. ?Com uma nutrição adequada, a futura mamãe fica com a pele mais bonita, sente-se mais disposta, diminui os desconfortos habituais e aumenta a perspectiva de dar a luz a um bebê saudável?.

Mulheres que recebem um acompanhamento médico e nutricional, alimentando-se de forma adequada têm menos complicações durante a gravidez e o parto. ?Um acompanhamento nutricional reduz os riscos de aborto espontâneo, de obesidade e de hipertensão, bem como o de ter filhos prematuros ou com baixo peso?, finaliza a nutricionista.

Voltar ao topo