Médicos já pensam em outro protesto no mês de junho

Usuários de planos de saúde poderão enfrentar uma nova paralisação no atendimento de médicos conveniados. Mal o movimento de ontem havia sido concluído, representantes de classe informaram que dentro de dois meses uma nova rodada de avaliação deverá ser feita para definir a atuação do grupo.

Os médicos reivindicam reajuste no valor das consultas, cirurgias e procedimentos. Hoje eles recebem, em média, cerca de R$ 50 por uma consulta feita por plano. Eles querem R$ 80. Eles também querem garantia de pagamento em dia e a formalização de um contrato.

Estava prevista para ontem a suspensão do atendimento médico eletivo (que não é de urgência e emergência) em 12 Estados. Até o fim da tarde, não havia um balanço da adesão ao movimento – o resultado deve ser divulgado hoje, segundo Márcio Bichara, diretor da Federação Nacional dos Médicos.

Representantes do Conselho Federal de Medicina, da Associação Médica Brasileira e Bichara entregaram ontem, na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), um documento com as 15 principais reivindicações dos profissionais que trabalham com operadoras de saúde.

Entre os itens estão a criação de um piso, de uma data-base para reajuste de honorários e de penalidades para pagamentos feitos pelas operadoras aos médicos fora do prazo. De acordo com Bichara, uma nova reunião com a ANS ocorre em 14 de maio. Trânsito. Um grupo formado por cerca de 500 médicos fechou por quase duas horas uma das faixas da Avenida Paulista, em São Paulo, no sentido da Rua da Consolação, durante manifestação para reivindicar reajuste no valor das consultas.

A paralisação de ontem foi a terceira dentro do período de um ano. A ANS afirma que o atendimento da população não pode ser prejudicado. As operadoras devem garantir, por exemplo, que usuários recebam atendimento num período adequado, dentro dos padrões estabelecidos pela agência. Além disso, os atendimentos de urgência e emergência não podem ser interrompidos. Os casos de abusos devem ser comunicados à agência pelo Disque ANS: 0800-701-9656. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

AE

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