Médicos ensinam como prevenir doença reumática

O programa Vida Saudável, da Prefeitura de Curitiba, promove hoje, das 9h às 17h, uma série de atividades em comemoração ao Dia Mundial de Prevenção de Doenças Reumáticas. Estão programados debates, palestras e distribuição de material educativo. A iniciativa é uma parceria com a Associação Paranaense de Portadores de Doenças Reumáticas.

Participam também da mobilização médicos reumatologistas e estudantes da Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), que farão avaliações físicas. Dados da Associação dos Portadores de Doenças Reumáticas mostram que os problemas acometem entre 40% e 50% da população. Como não têm cura, são doenças apenas tratadas, o que depende sobretudo da prevenção e, na prática, de hábitos saudáveis de vida.

Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, o termo reumatismo, embora consagrado, não é adequado para denominar o grande número de diferentes doenças que tem em comum o comprometimento do sistema músculo-esquelético. A explicação é que muitos pacientes podem não apresentar problemas periarticulares, mais sim de órgãos diversos, como rins, coração, pele etc.

Didaticamente, as doenças reumáticas estão classificadas de acordo com os mecanismos de lesão ou localização da doença. São mais conhecidas as doenças difusas do tecido conjuntivo, que causam inflamação e estão relacionadas aos distúrbios do sistema imunológico, como lúpus eritematoso sistêmico, artrite-reumatóide e esclerose sistêmica.. As doenças osteometabólicas são as que afetam principalmente os ossos-osteoporose, osteomalácea; doença de Paget e hiperparatiroidismo.

Os reumatismos extra-articulares são os que afetam estruturas próximas às articulações, mas não atingem a articulação propriamente dita. Exemplos: fibromialgia, dor miofascial, tendinites (de ombro, de extensores e flexores dos dedos), bursites (do ombro, do trocanter etc), esporões do calcâneo, fasceíte plantar e epicondilite. Muitas dessas doenças são de evolução crônica e necessitam tratamento prolongado.

Segundo os especialistas, as doenças reumáticas não são “doença de velho”, porque podem afetar pacientes em qualquer idade, inclusive em recém-nascidos. Como o tratamento dependerá do tipo de doença e do paciente em si, o diagnóstico correto e o tratamento adequado são fundamentais, evitando assim complicações que podem incapacitar o paciente de forma definitiva.

Voltar ao topo