Medicina alopática x medicina alternativa

A medicina alternativa, complementária, integrante, é a medicina na qual a medicação e o tratamento não se restringem aos produtos químicos e técnicas usualmente utilizados pela medicina chamada convencional, tradicional ou clássica. No entanto, a procura da causa da doença, moléstia ou patologia é feita com a mesma arte e ciência, e exige legalmente um médico para essa busca, inclusive para segurança do necessitado.

Algumas dessas medicinas são reconhecidas oficialmente no Brasil, como a acupuntura e a homeopatia. Outras, ainda não, como a fitoterapia, bastante usada no mundo todo. Porém, o Conselho de Medicina a reconhece como um modo de curar válido, a ser utilizado por todo médico de qualquer especialidade, porque, na verdade, é a mesma medicina alopática conhecida: só que, ao invés de se usar remédios químicos, o médico lança mão de drogas vegetais com princípios ativos reconhecidamente eficazes. Essas substâncias, que em princípio são químicas também, são estudadas pela farmacognosia dos cursos de Farmácia e têm venda legalizada e sob fiscalização do Ministério da Saúde. São remédios e devem ser usados como tais, e não como chazinhos mágicos.

As plantas também não têm mecanismos de ações diferentes da nossa medicina clássica, como ocorre na homeopatia, que estimula energeticamente, com substâncias, o corpo a fazer seu tratamento, ou a acupuntura, que estimula estruturas do nosso corpo, principalmente com agulhas, visando equilíbrio da mesma energia.

A fitoterapia, ou tratamento com as plantas medicinais, conhecida há milênios e muito usada pelos gregos e romanos, trata também a causa da patologia, seguindo a mesma filosofia da medicina tradicional ocidental. É então alopática também, deixando de ser, segundo alguns, medicina alternativa.

O mundo está usando cada vez a medicina alternativa. Não porque a clássica faliu ou não serve mais, mas porque a procura pelo diferente é inerente ao homem, e além do mais, é mais barata e de fácil acesso que o medicamento comum, na mão de grandes conglomerados econômicos.

A ciência que documenta os medicamentos da medicina clássica é a mesma que dá credibilidade e certifica as plantas que podem ser usadas como medicamento sem comprometer (mais) o bem-estar de uma pessoa já doente, pois são elas que precisam de medicamento, inclusive fitoterápicos.

Por outro lado, muitas vezes, as plantas usadas, somente segundo o conhecimento ou sugestão popular, podem trazer mais problemas do que cura: elas podem, como qualquer remédio ter efeitos adversos. Precisam então ser usadas com critérios.Portanto, consulte sempre seu médico de confiança.

Luiz Carlos Leme Franco

é médico. (
lemefranco@netpar.com.br).

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