O reconhecimento dos sintomas que costumam suceder o infarto – como dor no peito, nas costas, na mandíbula, formigamento no braço ou náuseas – e os procedimentos para evitar o desenvolvimento de um quadro mais grave são fundamentais para evitar a morte súbita.

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O diretor geral do Hospital Cardiológico Costantini, Costantino Costantini, afirma que a doença coronária é traiçoeira e em 60% ou 70% dos casos pode resultar em infarto ou morte súbita. Parte poderia ser evitada caso a população se conscientizasse do controle dos fatores de risco e fizesse check-up cardiológico anual. "Em alguns casos, o infarto não se manifesta pela angina, popularmente conhecida como dor no peito. A pessoa pode ter outro sintoma, como uma dor na boca do estômago e achar que é um problema digestivo, ou às vezes falta de ar aos esforços que até pouco tempo não existia", revela.

Outros sintomas são mais raros, mas não menos importantes, como dor nas costas ou na mandíbula, que dão ao paciente a impressão errada – e muitas vezes, fatal – de que pode se automedicar com remédios como analgésicos, relaxantes musculares ou antiácidos. "Uma dor forte na parte superior das costas é uma manifestação típica de doença coronariana. Se alguém está jogando futebol e sente esse tipo de dor, deve parar imediatamente e procurar um hospital especializado", sugere.

Costantini lembra que o problema só chega a um quadro mais extremo devido a outros fatores de risco de doenças cardiovasculares, como estresse, hipertensão, tabagismo, obesidade, histórico familiar, sedentarismo, colesterol, entre outros. "As pessoas não sabem reconhecer um quadro de infarto porque não têm informações sobre educação sanitária, matéria que deveria fazer parte do Ensino Fundamental. Grande parte da população não sabe quanto mede a sua própria pressão", provoca.

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Pronto socorro

Às vezes, enquanto o atendimento não chega, algumas noções sobre os primeiros socorros também podem salvar a vida de uma vítima de infarto. Por isso, é importante reconhecer sintomas como a imediata perda de consciência e a falta de resposta a chamados. Nesse caso, devem ser realizadas corretamente a respiração boca a boca e a massagem cardíaca, além da utilização adequada do desfibrilador.

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O diretor clínico do Hospital Cardiológico Costantini, Marcelo de Freitas Santos, lembra ainda que identificar um quadro de risco não deve ser apenas responsabilidade do profissional de saúde, mas de quem estiver mais próximo. "Todos devem aprender sobre procedimentos de reanimação para aumentar a probabilidade de recuperação do paciente. A cada minuto após um evento cardiovascular, as chances de reversão diminuem 10%", revela.