Calor, férias, viagens…  Apesar de toda boa mar do verão (e justamente por causa dela), as pessoas acabam cometendo abusos que muitas vezes antecipam a volta para casa. Fatores como mudanças bruscas de temperatura e exposição excessiva ao sol podem predispor a uma série de inconvenientes manifestações do nosso organismo. Em locais públicos ou divididos por várias outras pessoas, a chance de disseminação de microrganismos é grande, e, portanto, aumenta o risco de se contrair algum vírus em exposição. No caso das piscinas, há ainda o fator agravante do ressecamento nasal e diminuição dos batimentos ciliares. Para que não se tenha que dizer adeus antes da hora às tão desejadas férias, algumas medidas preventivas podem reduzir o risco de se contrair algumas doenças e garantir um melhor bem estar a crianças e adultos.

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A Dra. Ana Paula Castro, médica assistente da Unidade de Alergia e Imunologia do Departamento de Pediatria do Hospital das Clínicas – FMUSP, explica que os microorganismos causadores de resfriados, gripes, sinusites e outras infecções das vias aéreas são transmitidos através da árvore respiratória. ?O nariz é um grande filtro de partículas nocivas existentes no ar, impedindo que penetrem nas vias respiratórias. Os microcílios (pêlos microscópicos) existentes em seu interior barram e carregam para fora do nariz organismos ?invasores? do aparelho respiratório, como vírus, bactérias e alérgenos (ácaros, poeira, fungos, pêlos de animais), responsáveis pelos sintomas de rinite alérgica (escorrimento, espirros, coceira, nariz entupido) ou de infecções (febre, dor de cabeça, mal estar e piora dos sintomas da rinite)?.

Segundo a Dra. Renata Rodrigues Cocco, médica alergologista do Hospital Albert Einstein, para que haja um perfeito funcionamento desses microcílios, é necessário que eles sejam limpos regularmente. ?A correta limpeza nasal auxilia essa função de filtro do nariz, que muitas vezes é prejudicada pelo ressecamento causado pelo cloro, ar condicionado ou clima seco. A instilação de soluões salinas, seguida do assoamento nasal algumas vezes por dia é uma medida prática e pouco onerosa, capaz de diminuir muito a incidência de doenças infecciosas e alérgicas das vias aéreas?, afirma a médica. E completa: ?a higienização nasal ajuda a descongestionar as vias aéreas superiores, tornando o nariz livre de impurezas que normalmente irritam a mucosa e podem desencadear quadros infecciosos e/ou alérgicos?.

Além dos cuidados quanto freqüente higienização com soluões salinas, as médicas recomendam manter o paciente alérgico afastado dos desencadeantes (ácaro, poeira, pêlos de animais, etc). Os mesmo cuidados que são preconizados durante outros meses do ano.

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Como limpar o nariz das crianças?

?A limpeza nasal deve ser feita com o uso de soluão fisiológica, aplicada por meio de sprays nasais ou conta-gotas. Não se deve utilizar o produto gelado, sob o risco de deflagrar reações indesejáveis?, afirma a Dra. Renata Cocco. A temperatura ideal pode ser adquirida segurando o frasco com as mãos por alguns minutos.

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Segundo ela, a melhor maneira de fazer a limpeza nasal em bebês e crianças é utilizando spray nasal dosimetrado, pois em cada ?bombeada? é liberada uma pequena quantidade de solução, ideal para atingir uma grande área de contato, sem induzir aquela sensação de ?afogamento? causada pelos conta-gotas usuais, que irrita as crianças e dificulta a aplicação do medicamento.

Recentemente lançado no mercado brasileiro, o Salsep é o único descongestionante nasal em spray à base de soro fisiológico puro, livre de conservantes. O produto traz uma nova tecnologia de frasco que possui um mecanismo que possibilita a manutenão do produto estéril do início ao fim. Com isso, sua utilizaão pode ser feita por longo período de tempo, conforme a recomendação médica. Ao contrário do Salsep, a grande maioria das soluões salinas, fartamente vendidos nas farmácias, feitos à base de soro fisiológico, contêm em sua fórmula conservantes, considerados agentes irritantes da mucosa nasal. Vários trabalhos científicos comprovaram que o cloreto de benzalcônio, o conservante mais comumente utilizado, causa danos na atividade mucociliar e gera uma agressão que pode causar crises de broncoespasmo e asma, além de rinite medicamentosa.