Gravidez passou a ser uma das maiores violências contra a mulher

Dia 25 é o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. É incrível como a gravidez – que pode transformar a mulher em mãe, um dos milagres da natureza humana e motivo da maior felicidade para muitos -, passou a ser hoje uma grande oportunidade para diversos tipos de violência contra a mulher.

No Brasil, morrem durante a gestação, no parto, ou nos 42 dias seguintes, 51 mulheres entre cada 100 mil grávidas. É mais que o dobro do que a OMS – Organização Mundial de Saúde considera tolerável.

Nos hospitais privados brasileiros, as taxas de cesariana chegam a 90%, enquanto que a taxa recomendada pela Organização Mundial da Saúde é de até 15%. A cesariana é uma das maiores violências contra a mulher porque, na hora de dar à luz, ela interage cada vez menos com o seu parto e tem cada vez menos autonomia sobre seu corpo. E mais: se para a mulher, a cesárea envolve uma série de riscos e desvantagens, como a anestesia e a recuperação demorada, para o médico ela é vantajosa. A cesárea otimiza o tempo do médico e gera dinheiro para o anestesista e para o hospital. O médico decide o parto em função de seus interesses, e não dos interesses da parturiente.

Pior que a cesariana é o aborto, a terceira maior causa de mortes maternas no Brasil. Aqui, se realizam 1 milhão de abortos por ano.

É claro que o parto, cesariana, aborto e a conseqüente violência contra as mulheres estão diretamente relacionados ao grau de desenvolvimento dos países. Segundo relatório da ONU, na África, uma em cada 16 mulheres corre risco de morte na gravidez ou no parto, 175 vezes mais que nas nações mais ricas.

Hillary Clinton, em “Vivendo a História” (Editora Globo), fala que o Nepal tem 830 mortes maternas para cada 100 mil partos, um índice que ela considera “desconcertante”.

Este é o assunto da semana na coluna Responsabilidade Social e Ética, do jornalista Engel Paschoal. Para saber mais, leia a íntegra da coluna, clicando no link abaixo.

Engel Paschoal dá cursos e palestras de responsabilidade social. A coluna Responsabilidade Social e Ética tem o apoio do Instituto Ethos e é publicada em jornais, além dos sites www.aclimacaosp.com.br e www.wmulher.com.br (Canal Trabalho & Companhia).

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