Frio expõe crianças às doenças respiratórias

Nesta época do ano, em que o frio costuma ser intenso, as crianças, principalmente com menos de dois anos de idade, são as maiores vítimas de doenças respiratórias. Em algumas clínicas e consultórios pediátricos, o movimento chega a aumentar em até 100% no inverno.

 

Segundo o infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza Costa Júnior, os problemas mais comuns são os resfriados e as gripes. “As gripes costumam ser longas e com sintomas intensos de dor muscular e febre. Já os resfriados são de curta duração e os sintomas se mostram mais amenos”, compara. No inverno, também são detectadas amigdalites, sinusites, otites, traqueobronquites, crises de asma, bronquites e pneumonias.

Os pais devem estar sempre atentos aos sintomas dos filhos. “Se uma febre não baixar, se prolongando por vários dias, é sinal de que a criança pode estar com algum tipo de complicação, precisando de um tratamento mais adequado”, adverte Costa Júnior. Com a imunidade mais baixa que a dos adultos, as crianças merecem atenção especial durante os períodos de frio. Como forma de evitar problemas de saúde, o infectologista aconselha os pais a incentivarem os filhos a ingerirem bastante líquidos – o que faz com que a imunidade aumente – e terem uma alimentação adequada, rica em vitaminas. Muitos pais costumam pensar que a vitamina C (ácido ascórbico), encontrada principalmente em algumas frutas, cura gripes e resfriados, mas o médico alerta que ela apenas previne os problemas, devendo ser utilizada como forma de profilaxia e não como remédio.

As crianças também não devem ser expostas à choques térmicos, saindo de ambientes quentes para locais frios e vice-versa. Costa Júnior recomenda ainda a pratica de exercícios físicos – de preferência natação – que aumentem a imunidade do organismo, além de só usar roupas de lã que tenham sido lavadas adequadamente. Cobertores de lã também devem ser bem lavados e colocados no sol, porém o melhor é forrá-los para que a criança não tenha contato direto com a lã e fique sujeita a alergias e crises de asma. As extremidades do corpo, como pés e mãos, que costumam ficar mais geladas devido à menor circulação, devem ser protegidas com meias grossas e luvas.

A automedicação deve ser evitada. O ideal é que, assim que a criança se queixar de qualquer tipo de sintoma, seja levada ao pediatra. Mesmo os antitérmicos e xaropes, sem indicação médica, devem ser evitados. “Alguns medicamentos aliviam os sintomas e apenas mascaram os problemas, não os solucionando”, explica o infectologista.

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