Exame da próstata pode evitar morte por câncer

O câncer de próstata é o segundo dos tumores diagnosticados no mundo e o quarto a causar a morte do paciente, perdendo apenas para os cânceres de colo de útero, mama e pulmão. Em cada 100 mil habitantes do sexo masculino no planeta, entre trinta e duzentos são afetados pela doença, dependendo da região onde vivem. Os dados são do chefe da equipe de Urologia do Hospital Santa Cruz, em Curitiba, Sandro Ziesemer.

Segundo Sandro, o câncer de próstata tem diversas causas, entre elas genéticas, hormonais e comportamentais. Os maus hábitos alimentares, associados ao sedentarismo, são considerados as principais causas da doença em quem não possui casos familiares antecedentes. “A alimentação rica em gorduras é considerada uma das principais vilãs”, adverte. “Também se fala muito dos efeitos do álcool e do cigarro, mas eles ainda não foram comprovados cientificamente.”

Exame

Na maioria das vezes, o câncer de próstata é diagnosticado pelo exame prostático ou, como é mais conhecido, o exame de toque, porém muitos homens ainda se sentem constrangidos de fazê-lo e acabam não se prevenindo contra o mal. “Nas décadas de 60 e 70, o exame prostático não era aceitável: havia uma rejeição muito grande em relação a ele”, lembra. “Hoje, graças à maior divulgação de informações sobre o assunto e a orientações transmitidas pelos clínicos gerais, o preconceito é menor, porém ainda existem pessoas que se sentem constrangidas.”

Em pessoas com casos de câncer na família, o exame prostático deve ser feito a partir dos 40 anos de idade, uma vez ao ano. Para quem não tem antecedência familiar, o exame deve ser realizado a partir dos cinqüenta anos, também uma vez ao ano. “Se diagnosticado em fase inicial, as chances de cura do câncer de próstata são excelentes, ultrapassando os 80%”, explica Sandro.

Assintomático

“Inicialmente, a doença não apresenta sintomas. Geralmente quando eles aparecem o problema já está em fase mais avançada.”

Os sintomas costumam ser aumento da freqüência urinária durante o dia e à noite e leve ardência. O tratamento da doença depende de seu grau de agressividade. Pode ser desde um simples acompanhamento médico regular até radioterapia e cirurgia radical, com retirada da próstata. A quimioterapia também é utilizada, mas seus resultados são considerados limitados.

Voltar ao topo