Droga para epilepsia é usada como emagrecedor

Antidepressivos, drogas para combater a diabete, diuréticos e até mesmo remédios tarjados contra epilepsia, com efeitos colaterais fortíssimos, têm sido usados como emagrecedores no Brasil. O aumento dessa prática, dizem os especialistas, é uma consequência esperada da restrição aos emagrecedores ocorrida no País ao longo deste ano.

Desde a última sexta-feira está proibido o comércio de anfetamínicos (femproporex, manzidol e anfepramona). Também a venda de sibutramina passou por mudanças: o paciente, agora, tem de assinar um termo em que reconhece os riscos ligados ao consumo da substância.

Já os riscos envolvidos no uso de remédios fora da indicação prevista na bula, prática conhecida como off label, costumam passar despercebidos. “Já sabíamos que a retirada dos anorexígenos levaria ao aumento do off label. E temos percebido isso no dia a dia da prática clínica”, comenta o endocrinologista Alexander Benchimol, diretor da Associação Brasileira para o estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso). No Brasil, a venda e o uso da sibutramina já eram restritos desde 2010. Agora, médicos e pacientes terão também que assinar um termo de compromisso ao prescrever ou utilizar a substância.

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