“Uma droga desenhada para reduzir os índices de colesterol pode ajudar na prevenção de ataques cardíacos ou embolias cerebrais”, revela um informe científico, publicado no estudo “Proteção Coronária” e apoiado pela Associação Coronária. “Os medicamentos utilizados para reduzir os índices de colesterol, as drogas lovastatin ou pravastatin, podem aplicar-se em pessoas idosas e com problemas coronários, para prevenir ataques cardíacos e tromboses cerebrais”.

Estas drogas reduziriam o perigo de ataques em pessoas com colesterol alto ou médio, diabéticos e as que já sofreram ataques coronários.

“Muda completamente o modo de medicar as pessoas com riscos de ataques, pois reduzir o índice de colesterol reduz também as possibilidades de embolia”, declara Rory Collins, pesquisador do estudo. “Este novo informe médico ajudará milhões de pessoas a reduzir os riscos de ataques cardíacos”.

As doenças cardiovasculares são a maior causa de mortes nos países industrializados e, depois dos resultados do estudo, qualquer pessoa com risco de padecer de ataques cardíacos pode beneficiar-se com estas drogas, conhecidas como ?statin?.

“Se puséssemos 10 milhões de pessoas com risco de ataques cardíacos sob o tratamento destas drogas, poderíamos salvar semanalmente 50 mil vidas ou mais”, declara Collins.

Richard Horton, editor da revista “The Lancet”, frisa que a pesquisa obrigará os governos do mundo a prescreverem a droga statin para reduzir o número de pessoas com risco de terem ataques coronários ou embolias cerebrais. “Este foi o resultado mais impressionante em um tratamento de prevenção de doenças coronárias e embolias dos últimos anos”, declara Horton.

Segundo o informe médico, subministrando 40 miligramas da droga para mais de 20 mil pacientes coronários, poder-se-ia reduzir o risco de ataques cardíacos em um terço.

“A pesquisa prossegue e surgem cada vez mais benefícios”, declara Collins. “A droga tem sido bem tolerada por pacientes mais idosos e por aqueles com maiores problemas de saúde, pois pode utilizar-se associada à aspirina e medicamentos que reduzem a pressão sanguínea”. (ANSA).

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