As crianças que sofrem de dislexia, a doença que dificulta a leitura, têm uma carência de funcionalidade na área esquerda do cérebro, revela um estudo científico recente divulgado nos Estados Unidos.
A pesquisa, realizada pela Universidade de Yale, é a primeira a analisar casos de pacientes entre sete e 18 anos e a identificar, na área cerebral chamada ?região esquerda occipito-temporal, um vínculo com a doença. A região envolvida situa-se atrás da orelha esquerda.
Ao fazer análises com as técnicas de ressonância magnética, os pesquisadores descobriram nas 74 crianças e adolescentes sem dislexia uma forte ativação desta região cerebral enquanto liam. Já nos 70 jovens com a doença, esta área cerebral não se ativou.
Segundo o estudo, publicado na revista “Biological Psychiatry”, os adolescentes com dislexia tiveram uma ativação superior ao normal de outra região cerebral, o que demonstra como o cérebro dos enfermos tende a compensar, com grandes esforços, a atividade ausente na área esquerda occipito-temporal.