Cuidado com a medicação contra rinite alérgica

Espirros, coceira, iritação. A rinite alérgica é o que há de mais incômodo com a chegada dos dias mais frios.

Pior que ela só mesmo a rinite medicamentosa, que tem como principal agente ativador o uso indevido e desenfreado de descongestionantes nasais.

Adotados por considerável parte da população como itens de cabeceira, aquelas “gotinhas”, escondem um verdadeiro risco quando usados sem acompanhamento médico.

Seu uso continuado por mais de uma semana pode gerar dependência química, a ponto de a pessoa utilizar mesmo sem estar com a narina congestionada. O perigo da má administração do remédio, além do vício, são os males ao próprio sistema respiratório, como o efeito rebote.

Se a pessoa tem rinite alérgica, por exemplo, e usa descongestionante em gotas para aliviar a obstrução do nariz, o resultado é que com o uso continuado, mesmo que por poucos dias, surge o efeito rebote e a dependência química se instala. A partir daí existem agora dois problemas: a mesma rinite alérgica e o que se chama de rinite medicamentosa, provocada pela gotinha.

“Já os sprays nasais antiinflamatórios da rinite alérgica, que devem ser utilizados de forma continuada, são seguros e não geram dependência”, explica Renato Roithmann, diretor da Academia Brasileira de Rinologia (ABR). O médico alerta que é importante consultar um médico antes de fazer uso de medicamentos, “mesmo que simples gotinhas.”