Mulheres que tomam aspirina todos os dias – prática adotada por milhões de pessoas em todo o mundo para prevenir ataque cardíaco, derrame ou tratar dores de cabeça – podem estar sob risco maior de contrair câncer no pâncreas, disseram pesquisadores norte-americanos durante a semana. A descoberta surpreendente preocupou os cientistas, que aconselharam as mulheres a conversar com seus médicos sobre os riscos desse tratamento. O câncer no pâncreas atinge apenas 31 mil norte-americanos ao ano, mas é muito letal. Mata praticamente todos os doentes num prazo de três anos. O estudo, feito com 88 mil enfermeiras que tomaram duas ou mais aspirinas por semana durante pelo menos 20 anos, mostrou que elas tinham possibilidade 58% maior de ter câncer no pâncreas. “Além do cigarro, esse é um dos poucos fatores já identificados para o câncer no pâncreas”, disse Eva Schernhammer, que comandou o estudo.
