Cresce risco de intoxicação alimentar

Com a elevação das temperaturas também aumenta o risco das intoxicações alimentares. Caracterizadas basicamente por desidratação causada por diarréia e vômitos, as intoxicações chegam a ser rotina nestas épocas. Mesmo assim, em alguns casos o problema pode se tornar mais grave, transformando-se em infecção.

A presidente da Sociedade Paranaense de Gastroenterologia e Nutrição, Heda Amarante, explicou que a contaminação dos alimentos é feita por bactérias. Existem dois casos. O primeiro quando a bactéria libera toxinas no alimento antes dele ser ingerido, então no organismo humano gera uma intoxicação alimentar. “Há também um outro caso, mais grave, que as pessoas confundem com a intoxicação. É a gastroenterite infecciosa. Ela acontece quando as pessoas ingerem os alimentos com as bactérias. Ela causa infecção inicialmente no intestino, podendo se espalhar por outros órgãos”, explicou.

Heda lembrou que os alimentos são contaminados normalmente no manuseio, contato com a terra e até com água. Os insetos também podem ser responsáveis pela contaminação fecal oral. “Por isso é importante sempre lavar as mãos antes de manusear alimentos, usar sempre água tratada ou fervida, cobrir alimentos para evitar moscas e mantê-los dentro do refrigerador”, recomendou.

A gastroenterologista afirmou que em casos de intoxicação, o ideal é tomar muito líquido. “Uma boa dieta é com arroz, batata, torradas, gelatina, banana-maçã e canja de galinha. Os líquidos indicados são chá, água de coco, isotônicos e soro caseiro. Caso o problema não se resolva em doze horas o melhor é procurar um médico”, disse.

Heda afirmou que em caso de diarréia por intoxicação não se deve tomar medicamentos para prender o intestino. “Para evitar, o ideal é sempre comer alimentos frescos. O cuidado deve ser dobrado com idosos e crianças”, concluiu.

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