Cardápio horripilante

Conheça algumas das comidas mais exóticas do mundo

Viajar pode significar conhecer novos lugares, pessoas, culturas, tradições, línguas e, sem dúvidas, comidas típicas. No entanto, em alguns casos, experimentar um prato de uma região tão distante e diferente da sua pode ser um pouco difícil, além de exigir um estômago de ferro. O primeiro deles são os olhos de atum, especiaria tradicional do Japão.

Como o nome diz, o prato consiste em vários olhos do peixe, que podem ser comprados em pacotes nos supermercados ou vendidos em bares e restaurantes. Por debaixo de uma camada gosmenta, se encontra uma substância macia e gordurosa, cujo gosto se assemelha ao de camarões ou polvos.

Parasitas são muito apreciados no México.

Já no México, uma das comidas incomuns e, para muitos, impossível de se comer é o Huitlacoche, ou a “trufa de milho”. O prato consiste nos fungos que parasitam o cereal. Os esporos entram no sabugo, crescem no interior da espiga e se transformam em algo impressionante.

Camarões com vísceras marinados.

Novamente no Japão, o Shiokara também faz parte da cozinha nipônica, que utiliza bastante frutos do mar. Não tão difundido como o sushi, a especiaria se trata de camarões marinados com as suas vísceras e “esquecidos” por meses em um recipiente hermético.

Ainda na Ásia, é comum consumir tudo o que caminha, rasteja, nada ou voa em todo o continente, principalmente no sudeste. Grilos, besouros, formigas e escorpiões são fritos e servidos em vários países. Mas no Camboja, além dessas especiarias, também se comem aranhas.

Tarântulas fritas: iguaria é muito comum no Camboja.

Não é difícil encontrar comerciantes vendendo tarântulas negras fritas do tamanho de até um palmo no centro da cidade de Skuon, por exemplo.

Pele de baleia é muito com gordura, prato muito apreciado em regiões gélidas.

Já no norte do Canadá, da Groenlândia e da Rússia, um dos pratos mais inusitados é o Muktuk, ou seja, pele de baleia congelada ­ com a gordura subcutânea junto ­ das espécies narval (baleia­unicórnio) ou beluga (baleiabranca).

A comida é típica de esquimós. Geralmente, a pele é consumida sem ser cozida, mas pode ser às vezes frita ou empanada. O prato, mesmo sem muito gosto, é uma grande fonte de nutrientes e vitaminas C e D.

Hákarl ou carne de tubarão. Antes de comer tem que passar pelo processo de cura.

Na Islândia, o Hákarl é outra comida que vem dos mares. Criado pelos vikings, o prato é uma herança dos tempos quando as águas estavam povoadas por tubarões polares, cuja carne não era boa para alimentação por causa do alto teor de ácido úrico nela.

Por isso, os animais capturados eram cortados em tiras e colocados em baixo de uma colina de pedra por alguns meses, período de tempo necessário para que eles perdessem os ácidos. Depois disso, os bichos eram colocados por mais quatro meses ao ar livre, como ainda é muito comum no país.

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Ovo centenário: quem provou diz que o gosto lembra o de amônia.

Na China, outro prato não pode ser encontrado em outras partes do mundo: o ovo centenário. Para fazer a especiaria, basta passar uma solução alcalina ­geralmente com cal, cinzas e sal ­ no ovo e guardá-­lo em um recipiente hermético por um período que vai de 15 a 120 dias.

Depois deste tempo, a clara assume uma consistência gelatinosa, enquanto a gema fica com uma cor esverdeada e uma superfície meio aveludada. O gosto lembra um pouco o de amônia.

Bom, esse dispensa explicação.

Mais uma vez no Japão, os biscoitos com vespas são um tipo de comida que pode ser considerado nojento pra muitas pessoas. Populares desde o século XIX, as bolachinhas são feitas com farinha de arroz e recheio de vespas selvagens previamente cozidas. Em relação aos biscoitos normais, estes têm um altíssimo teor nutritivo, graças aos insetos.

Beondegi, casulos de bicho fervidos ou em caldo. os coreanos gostam.

Na Coréia do Sul, o Beondegi é uma entrada bem popular, que consiste em casulos de bichos­ da ­seda fervidos ou em um caldo. Em várias cidade do país, a especiaria é encontrada em barracas de comerciantes ambulantes, supermercados, bares e restaurantes. O prato também pode ser servido com molhos e outras comidas. Em relação ao sabor, muitos dizem que lembra madeira, enquanto outros dizem que parece resina.

E por último, em todo o sudeste asiático se tem a sopa de ninhos de pássaros, prato caro ­ o quilo pode chegar até US$ 2 mil ­ e que usa apenas ninhos de andorinhas da região. Na prática, as moradias dos pássaros são formadas pela saliva seca dos animais, e a famosa sopa tem uma consistência de baba ou de um creme gosmento e grosso.

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