Câncer retal atinge 20 mil brasileiros/ano

A prevenção do câncer de colo-retal – tumor que atinge o intestino grosso e o reto – foi um dos temas abordados ontem em Curitiba, durante um seminário internacional promovido pela Sociedade Paranaense de Coloproctologia. A doença, que segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, atinge cerca de 20 mil brasileiros por ano, e é responsável pela morte de sete mil pessoas todo ano, pode ser evitada ou tratada de forma eficaz, desde que haja diagnóstico precoce.

De acordo com o presidente da Sociedade de Coloproctologia, Renato Bonardi, o perigo do câncer do intestino é que muitas vezes ele se desenvolve sem sintomas acentuados. A doença surge geralmente a partir de lesões benignas que crescem na parede do intestino. Como a maioria dos tumores do intestino grosso não leva a qualquer sintoma até que tenha atingido um tamanho considerável, as chances de cura diminuem. “Por isso que a melhor forma é a prevenção e o diagnóstico precoce”, falou.

De acordo com o médico é preciso ficar atento a algumas alteração no hábito intestinal, como diarréia ou prisão de ventre, sangramento nas fezes, vontade freqüente de ir ao banheiro com sensação de evacuação incompleta, dor ou desconforto abdominal e perda de peso. Bonardi salienta que alguma vezes esses sintomas podem estar relacionados a uma disfunção do órgão, mas se eles se tornarem freqüentes, é preciso procurar um profissional. A recomendação é válida principalmente para quem tem mais de 50 anos, que tenha casos de câncer na família ou pacientes com doença inflamatória intestinal.

A principal forma de prevenção, explica Renato Bonardi, é a prática de atividades físicas diárias e adoção de uma alimentação saudável. Nisso estão incluídos alimentos ricos em fibras, frutas e verduras, assim como, comidas sem gordura, e redução ou eliminação do álcool e do cigarro.

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