Câncer de mama acomete 700 mil mulheres por ano

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum, e o que mais acomete mulheres nos países desenvolvidos. São diagnosticados mais de 700 mil novos casos de câncer de mama a cada ano no mundo todo, e a incidência da doença continua aumentando.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 41.610 novos casos da doença serão diagnosticados este ano. Isso significa mais de 10% dos 402.190 novos casos de todos os tipos de câncer com previsão de diagnóstico para 2003. Em 2002, de acordo com dados do Inca, foram registradas 9.115 mortes decorrentes desse tipo de câncer, tornando com isso o tipo de câncer que mais acomete as mulheres no Brasil.

A Sociedade Americana de Cancerologia (EUA) alerta que uma em cada dez mulheres tem a probabilidade de desenvolver um câncer de mama durante a vida. O fato é que esse tipo de câncer representa uma das principais causas de morte em mulheres nos países ocidentais. As estatísticas indicam o aumento de sua freqüência tanto nos países desenvolvidos quanto nas nações em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 as taxas de incidência de câncer de mama aumentaram em dez vezes nos diversos continentes.

O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à alta freqüência e pelos efeitos psicológicos, que afetam a percepção de sexualidade e a própria imagem pessoal. Essa doença é relativamente rara antes dos 35 anos de idade, mas acima dessa faixa etária a incidência aumenta rápida e progressivamente. As causas de câncer de mama são ainda desconhecidas.

Vacina

Depois de cinco cirurgias para deter uma forma especialmente agressiva de câncer de mama, Patricia Thomas acha a espetadela que levou, numa pesquisa governamental, o procedimento mais simples que já teve de enfrentar. A espetadela, acima do joelho, foi uma vacina experimental extraída de partículas de uma proteína de tumor, que os pesquisadores esperam evitar uma recaída na doença da mulher de 70 anos, de Arlington, Virgínia (EUA).

Embora sejam preliminares, os primeiros resultados obtidos em Patricia e outras 13 sobreviventes, vacinadas do câncer avançado, sugerem que os pesquisadores estão no caminho certo. Eles detectaram sinais de que a vacina precipitou uma resposta do sistema imunológico em todas as 14 pacientes, que pode potencialmente enfrentar as células cancerosas, diz George Peoples Jr., do Centro Médico da Marinha Walter Reed. Eles prepararam os resultados da pesquisa para apresentação no encontro do Colégio Americano de Cirurgiões, em Chicago.

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