Mesmo não sendo considerada doença, a calvície atrapalha sensivelmente a vida de cerca de 50% dos homens adultos, prejudicando principalmente sua auto-estima. Se os cabelos começam a cair na juventude, o problema se torna um drama. Considerado uma referência de beleza e, muitas vezes, uma característica marcante do visual rebelde, típico dos jovens, o cabelo é um “cartão de visitas”. Por isso, a falta dele pode abalar o homem psicologicamente, como ter vergonha da própria imagem. Para combater esse mal, o mercado brasileiro conta com uma alternativa segura e comprovadamente eficaz: a finasterida.

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Segundo a dermatologista Dra. Cecília M. R. Machado, médica assistente do Depto. de Dermatologia do Hospital das Clínicas, a finasterida é o único tratamento oral aprovado pelo FDA (órgão do governo norte-americano que controla a qualidade de alimentos e remédios) para a perda do cabelo. “Estudo publicado no Journal of the American Academy of Dermatology mostrou que os resultados do uso da finasterida já aparecem a partir do terceiro mês de tratamento e apresenta pouco ou nenhum efeito colateral”, explica a médica. Aliado a um diagnóstico precoce, o uso desse princípio ativo representa uma arma poderosa para uma faixa etária cada vez mais atingida pela calvície.

Estudos mostram que a grande maioria dos homens calvos se preocupa com a queda de cabelos. Eles se descrevem como desamparados e admitem ter inveja dos que têm uma farta cabeleira. Uma pesquisa da Old Dominion University em Norfolk (Virginia, EUA) mostrou que o grau de ansiedade de um homem calvo em relação à sua imagem aumenta de acordo com a extensão de sua calvície. O mesmo estudo apontou que cerca de 70% dos homens pesquisados com calvície avançada perdem tempo ajeitando os cabelos na frente do espelho; 55% deles morrem de medo do que os outros vão pensar em relação à sua calvície, além de se sentirem mais velhos que a idade atual.

“A busca por tratamento da calvície tem acontecido cada vez mais cedo porque é justamente na casa dos 20 anos que ela aparece. E hoje em dia o padrão do homem de sucesso mudou. Além de ser bem sucedido no trabalho, ele tem que parecer jovem, atraente e saudável. E a calvície denota exatamente o contrário”, afirma a dermatologista Dra. Denise Steiner. O dermatologista deve ser consultado logo que as famosas e indesejáveis “entradas” na testa começam a aparecer. O quanto antes o careca “em potencial” perceber o problema e procurar médico, maiores as chances de deter ou reverter o processo. Por meio de uma análise do histórico familiar e outros exames, como o da taxa de hormônios masculinos, é possível diagnosticar o tipo de calvície e indicar o tratamento.

A grande maioria dos calvos tem a chamada alopecia androgenética, que é hereditária, ou seja, passada dos pais para os filhos. Assim, se um homem tem o pai, avô ou tios (paternos ou maternos) com problemas de queda de cabelo, ele terá grandes de chances de ficar careca já na juventude e, a partir dos 40 anos, os riscos são ainda maiores. “Como o nome indica, alopecia androgenética significa a queda de cabelos devido a uma alteração hormonal (andro) e à herança genética. Mas que fique bem claro que não há uma alteração hormonal sistêmica, ou seja, em todo o corpo, somente num local específico: nas células do couro cabeludo”, define a Dra. Denise Steiner.

Depois de séculos de estudos para descobrir as causas reais da calvície androgenética, sabe-se hoje que ela é causada pelo excesso do hormônio dihidrotestosterona (DHT) na raiz do cabelo (mais especificamente, no folículo capilar). Este hormônio é produto da transformação metabólica da testosterona (hormônio masculino por excelência) e pela ação da enzima 5-(-Redutase. Uma grande quantidade de DHT faz com que o folículo se degrade e, conseqüentemente, encurte a fase ativa do cabelo. Esse folículo fica um período em repouso e depois começa a produzir outro pêlo, só que agora mais fino. Esse processo se repete em ciclos, até que o pêlo se transforma em velus (penugem). Até nesse ponto, esse processo chamado de miniaturização pode ser detido e até mesmo revertido pela finasterida. No entanto, a Dra. Denise Steiner alerta que “depois desse ponto não é mais possível. Por esta razão é conveniente começar o tratamento antes que muitos pêlos sofram miniaturização irreversível, ou seja, antes que a pele da cabeça fique lisa”.

A finasterida é comercializada pela Libbs Farmacêutica com o nome de Finalop, o primeiro a ser lançado no mercado brasileiro. É tomado uma vez por o dia e promove melhora contínua por até 24 meses, segundo pesquisas internacionais. Um importante estudo norte-americano, publicado na European Journal of Dermatology, realizado por cinco anos, com um grupo de mais de 1500 voluntários reafirmou sua eficácia e segurança. Segundo a pesquisa, 90% dos pacientes que tomaram finasterida não tiveram perda de cabelo e 75% obtiveram melhora, ou seja, o cabelo voltou a crescer. Os efeitos colaterais ligados à esfera sexual relatados foram leves e transitórios, semelhantes aos relatados pelos pacientes que tomaram placebo. O tratamento recebeu, então, mais um aval para ser realizado a longo prazo. Esta é uma boa notícia, já que o uso da finasterida deve ser contínuo, pois a interrupção faz com que os cabelos voltem a cair gradativamente.

Perguntas mais freqüentes

Lavar os cabelos todo os dias faz com que as raízes apodreçam?
Não. A água não entra na raiz dos cabelos, portanto, não pode apodrecê-la.

Qualquer temperatura da água é boa para lavar os cabelos?
Sim. Não faz diferença lavar os cabelos com água quente ou fria.

Quanto mais demorado o banho, melhor para os cabelos?
Não há relação entre um fato e outro.

O uso do secador é prejudicial aos fios?
Não.

Os fios caem mais no outono e no inverno?
Sim. Descobriu-se que a pele dos seres humanos tem receptores de luz que interferem na reprodução celular, portanto, ocorrem efetivamente alterações de crescimento dos cabelos quando há pouca exposição ao sol.

Cortar os cabelos na lua crescente ajuda a crescer?
Não há nenhuma comprovação científica para esse fato.

Cabelos compridos são mais fracos. É importante cortar as pontas para crescer mais?
Não. Os cabelos não devem ser confundidos com plantas.

Colocar pílula anticoncepcional no xampu ajuda a crescer os cabelos?
Não há nenhuma comprovação científica para esse fato.

Tingir os cabelos promove a queda?
Hoje em dia, as tinturas são muito bem feitas, não havendo nenhum risco para a queda.

Tomar vitaminas ajuda os cabelos a crescer?
Só quando a pessoa estiver necessitando de vitaminas, se não, é inútil.

Existem xampus anti-queda?
Não. O que existem são xampus que melhoram a condição do couro cabeludo e podem ajudar os outros tratamentos.

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