O Brasil tem cerca de 2 milhões de portadores de cegueira. Desse total, cerca de 1,6 milhão poderia ser evitado com a realização do diagnóstico na fase inicial, principalmente na infância. Por essa razão é que o Conselho Brasileiro de Oftalmologia está orientando todos os médicos oftalmologistas do País para a realização de ações sociais com crianças carentes. No Paraná, começa hoje um amplo trabalho preventivo que será desenvolvido nas próximas semanas por todos os centros de ensino em oftalmologia do Estado.
De acordo com Hamilton Moreira, vice-presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, antes mesmo de a criança nascer, problemas de visão que são herdados pelos filhos podem ser observados durante o pré-natal. Após o nascimento, antes de o bebê completar dois anos, pode ser levado ao oftalmologista, ainda que não apresente problema aparente.
Segundo Moreira, no início da vida escolar, entre 6 e 7 anos, pais e professores devem ficar atentos ao rendimento escolar da criança. Desinteresse pela leitura, franzir a testa para olhar à distância, bem como dores de cabeça e mal-estar freqüentes após esforço visual podem ser indicativos de que a criança precisa de tratamento oftalmológico.
Os médicos voluntários, com o apoio da Prefeitura de Curitiba, sairão a campo em junho para realizar campanhas de prevenção da cegueira e atendimentos gratuitos em hospitais e escolas da rede pública de ensino.