Asma atinge grande parte dos adolescentes

Um recente estudo feito pela Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo revela que problemas respiratórios são uma grande preocupação entre os jovens, principalmente nos grandes centros urbanos, onde a concentração da poluição atmosférica é maior. O estudo mostrou que um a cada cinco jovens atendidos pelo sistema público de saúde apresenta queixas relacionadas a esses problemas.

A asma afeta cerca de 10% da população mundial. Entre os jovens, atinge cerca de 13% das crianças e adolescentes entre 06 a 07 anos e 13 a 14 anos.

No Brasil, ocorrem cerca de 350 mil internações por asma, constituindo-se a quarta causa de hospitalização pelo Sistema Único de Saúde e a terceira causa entre crianças e adolescentes, pois a prevalência média de asma ativa está em torno de 20%, segundo um estudo multicêntrico internacional desenvolvido em algumas cidades brasileiras.

A grande preocupação dos pais de adolescentes asmáticos é o comportamento de risco dos jovens, que costumam viajar e sair sem os medicamentos que são usados nas crises da doença. “Os jovens se consideram imunes contra muitas situações, inclusive contra problemas que eles conhecem, como é o caso dos asmáticos. Os próprios adolescentes se expõem a fatores alérgicos, como a fumaça nas casas noturnas, e em muitos casos não estão preparados para uma possível crise”, esclarece a pneumologista Maria do Rosário.

Sintomas

Os principais sintomas das crises de asma são aperto e chiado no peito, falta de ar e tosse, que costuma agravar-se principalmente na metade da noite e início da manhã. A dificuldade de respirar é conseqüência de um processo inflamatório crônico das vias aéreas, o que contrai os músculos que envolvem os brônquios, causando dificuldade na respiração.

A asma é causada por diversos fatores como genéticos e ambientais. A genética apresenta um papel importante no surgimento da doença. O risco de desenvolver asma na infância está relacionado à presença do problema nos pais. Além dos fatores genéticos, a asma sofre influências ambientais como infecções virais; alergênicos domiciliares como os ácaros, animais domésticos de pêlo, baratas e fungos; fumaça de cigarro; poluição atmosférica; produtos químicos e medicamentos.

A asma é tratada basicamente em duas etapas: durante as crises agudas de falta de ar ocasionadas pela doença e durante os intervalos das crises, de maneira preventiva. Nas crises, o tratamento é feito com broncodilatadores, que agem relaxando os brônquios. A associação de substâncias como salbutamol e ipratrópio, por exemplo, produz rápida ação no controle das crises de asma. Existem diversos medicamentos no mercado eficazes para o tratamento da crise de asma, como o Combivent® (brometo de ipratrópio /sulfato de salbutamol). A manutenção deve ser feita com antiinflamatórios.

Segundo a pneumologista, os medicamentos podem garantir o controle efetivo da asma. Entretanto, a prática esportiva pode ser um coadjuvante no controle da doença. Os exercícios fortalecem os músculos envolvidos na respiração, o que facilita a entrada e saída de ar dos pulmões. O resultado é um maior conforto ao respirar e a diminuição do número de crises.

Voltar ao topo