Um de cada cinco europeus vive com algum tipo de sofrimento agônico e cerca de 15 milhões pensaram em se suicidar para evitar o martírio da dor, informou um estudo sobre as condutas dos cidadãos da Europa. O informe, intitulado “The pain in Europe” (A dor na Europa), contém entrevistas com 46 mil pessoas em 12 países do continente e indicou que 75 milhões de europeus sofreram nos últimos anos de dores durante mais de sete anos.
O documento afirmou também que 20% da população total européia sofreram algum tipo de dor traumática por mais de 20 anos e, como conseqüência, um quinto desse total foi diagnosticado com algum tipo de depressão aguda. Um de cada seis europeus consultados que sofrem de dores agudas disse que em muitos casos o sofrimento foi tal que “teria preferido morrer”. Segundo o estudo, nos últimos anos a Europa perdeu 34 bilhões de euros por pessoas com dores agudas que lhes impediram de trabalhar ou desempenhar corretamente suas funções diárias.
Na Grã-Bretanha, onde foram entrevistadas 3 mil pessoas, 50% daquelas que sofrem com dores têm menos de 50 anos. Os problemas mais comuns são a artrite, problemas musculares ou doenças psicológicas graves.
Marit Lovig, membro do grupo norueguês Associação do Paciente, afirmou que os médicos e os políticos “devem escutar o pedido desesperado dos pacientes” pois “o sofrimento dos cidadãos é cada vez maior”. “Esperamos que os argumentos econômicos convençam os políticos de que os pacientes estão sofrendo cada vez mais. Há muito que fazer para acabar com a dor e o sofrimento agônico de muitos europeus”, acrescentou Lovig.