Viagem pelo tempo no Epopéia Italiana

Viver e sentir o cotidiano dos imigrantes italianos na época de 1875, ano chave que marcou a chegada dos primeiros italianos na região, já é uma realidade. Isso pode ser feito em Bento Gonçalves no Epopéia Italiana Parque Temático. Visitar o parque é embarcar numa verdadeira viagem pelo tempo que conta a história de um casal de imigrantes, Lazaro e Rosa, bisavós dos idealizadores Susana Giordani e Leonardo Giordani.

O propósito é envolver o visitante no contexto, fazendo-o sentir as mesmas emoções e necessidades que os imigrantes tiveram desde que saíram da Itália até chegar ao Brasil.

Em dois mil metros quadrados de área construída, foram montados nove ambientes que retratam aspectos que vão desde a vida na Itália, passando pela viagem ao Brasil e, por fim, a adaptação no novo continente. Os efeitos especiais de som e luz proporcionam uma maior dinâmica dando vida às réplicas e ambientes.

Viagem pelo tempo

A história inicia com a Viagem pelo Tempo. Através de trajes de época, os visitantes vão interagindo com o cenário que conta a história por meio da vestimenta. As peças mostram o que se usava em cada época, acompanhadas dos calçados e acessórios.

Ao passar pela Viagem no Tempo o visitante chega a uma vila italiana caracterizada pela réplica de suas casas, igreja e uma fonte. É a cidade de Pedersano, no norte da Itália, de onde partiram Lazaro e Rosa para o Brasil. Neste espaço, os visitantes conhecerão como era a vida dos italianos em Pedersano no ano de 1875, antes da viagem para o Brasil.

A integração da interpretação dos atores, juntamente com as luzes e o som, farão com que o visitante se sinta inserido na cidade italiana. A igreja de São Lazzaro retrata a religiosidade dos italianos, aspecto fortemente expresso no parque com a presença de três igrejas.

Dificuldades

O terceiro ambiente mostra as dificuldades enfrentadas pelos imigrantes ainda na Itália, motivos que fizeram com que eles viessem para o Brasil em busca de uma vida melhor. Os problemas com a escassez de dinheiro eram tão graves que a grande maioria passava fome e frio. Para dar mais realismo ao ambiente, os visitantes terão a sensação de frio, propiciada por equipamentos estrategicamente posicionados de maneira a fazer com que as pessoas estejam mais em contato com a história.

Os sentimentos de nostalgia e tristeza poderão ser evidenciados pela interpretação dos atores com o auxílio da música e das luzes que fazem a parte dramática do cenário. Nesse ambiente também é projetado um pequeno filme, de cinco minutos de duração, mostrando a vida na Itália.

Um dos grandes destaques do parque é um navio que foi construído para mostrar as dificuldades enfrentadas pelos imigrantes durante a viagem ao Brasil, assim como suas expectativas.

Para isso, os visitantes embarcarão num navio de madeira que está na água. No seu interior, é exibido outro filme, de três minutos, remetendo as pessoas ao Porto de Gênova e para os 36 dias vividos no porão do navio. O vídeo encena os problemas da viagem que tomam proporções reais com o auxílio dos efeitos sonoros e de iluminação. Por outra porta os visitantes desembarcam no Brasil.

Agora no Brasil, os visitantes conhecerão a história dos imigrantes que tiveram que cumprir extensas caminhadas por mata fechada. Nesse espaço foi criada uma verdadeira selva, com ruído de animais selvagens e até uma pequena cascata. Réplicas de animais da região e de araucárias (árvore nativa do Brasil) desenha um caminho que imita o percorrido pelos colonizadores e que é cumprido pelas pessoas que visitam o parque.

Nesse espaço é destacada a viagem a pé de Lazaro e Rosa, de Montenegro até a Linha Leopoldina, no Vale dos Vinhedos, distrito de Bento Gonçalves, local onde teve início a nova vida na tão falada América.

Trabalho

Com vocação ao trabalho e o desejo de ter a sua própria terra, os imigrantes italianos trabalharam muito, principalmente nas culturas de subsistência e no cultivo da uva. Uma ampla casa de madeira tem a sua frente um parreiral e ao lado um galinheiro que mostra a criação de animais para o sustento da família. Um pouco antes da casa é apresentado um barraco, primeira instalação dos imigrantes até a construção da primeira casa. Nesse espaço outra igreja mostra a fé e a importância da religião para o povo.

O sétimo ambiente mostra que o visitante chega a Bento Gonçalves no ano de 1900. A Igreja Matriz de Santo Antônio, importante para o desenvolvimento da cidade, está representada pela sua réplica. Os demais prédios que ficam nas imediações da igreja demonstram o trabalho dos imigrantes que em menos de três décadas já haviam construído uma cidade. Aqui já se percebe uma vida urbana, com arquitetura muito semelhante à da Itália.

Etnias

Para finalizar a visitação guiada, foi feita uma homenagem às demais etnias que contribuíram para o desenvolvimento da região. Manequins estão vestidos com a indumentária típica de cada um dos povos homenageados.

Já no último ambiente, os visitantes chegam à área da degustação de vinho, suco de uva e biscoito típico italiano, acompanhados de música italiana, tudo em um gracioso cenário formado por casas típicas.

Serviço

O Parque Temático Epopéia Italiana funciona de segunda a sábado, das 9h às 18h e domingos, das 9h às 14h. A visitação tem duração média de 45 minutos. Preço por pessoa: R$ 15. O parque fica na Rua Visconde de São Gabriel, 507, esquina com Rua Fernandes Vieira (próximo à Estação Ferroviária – Maria Fumaça), em Bento Gonçalves (RS). Telefone: (54) 454-1789.

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