Tempo compartilhado: opção econômica

Comprar planos de Tempo Compartilhado pode sair até 60% mais barato do que o valor praticado pela hotelaria tradicional. Entre manter um imóvel no campo ou na praia e alugar casas para as temporadas de férias, o Tempo Compartilhado surge como uma terceira e boa saída.

O sistema representa um meio-termo entre a locação e a compra definitiva de um imóvel para lazer. Econômico, pode garantir suas férias até mesmo em momentos de profunda instabilidade cambial.

Na prática, você compra o direito de hospedagem em um hotel ou resort por algumas semanas ao ano, em um período pré-determinado de tempo. Com o auxílio de uma das intercambiadoras do setor, como a RCI, pode-se “trocar” as semanas por hospedagens em mais de 100 destinos ao redor do mundo, como Cancun, Orlando, Havaí e Ilhas Canárias, entre outros lugares de sonhos.

“Por receber de forma antecipada uma receita por serviços futuros, os hotéis que atuam neste conceito podem oferecer planos com valores de 40% a 60% inferiores ao preço da hotelaria convencional”, afirma Rubens Paes de Barros, Diretor Geral da RCI no Brasil.

Cada hotel define o seu preço de venda e o período de cada plano. Em média, variam de R$ 3,5 mil a R$ 15 mil, dependendo da temporada, capacidade adquirida e do tempo de duração. Em muitos casos, o valor pode ser parcelado em até 36 vezes.

Na ponta do lápis, o sistema atesta sua vantagem. Uma segunda casa exigiria um investimento de mais ou menos R$ 8 mil ao ano, somente com manutenção.

Essa mesma quantia daria para garantir hospedagem de apenas duas pessoas por uma semana em um destino como o Caribe mexicano, utilizando a hotelaria tradicional. Pelo Tempo Compartilhado, com esse mesmo valor, é possível adquirir o direito de uso de quase cinco semanas, em qualquer lugar do mundo, contando as taxas de intercâmbio.

A credibilidade da indústria é ratificada pelas cadeias hoteleiras internacionais que operam nesse regime. Hilton, Sheraton, Pestana, Fiesta Americana e Marriot mantêm unidades exclusivas para uso neste sistema, a maioria seguindo o padrão dois quartos, sala e cozinha.

A mordomia é garantida pelos serviços oferecidos, como em um flat.

No Brasil, a Pousada do Rio Quente é um dos exemplos. Em dois anos de atuação ultrapassou R$ 30 milhões em volume de venda de Tempo Compartilhado. Os três novos resorts do complexo foram projetados também para atender os usuários do sistema e um show-room, aberto para comercialização em Brasília.

O próximo passo da Pousada é vender planos de Tempo Compartilhado no mercado de São Paulo. A capital paulista deve abrigar ainda um show-room do Grupo Pestana, que já possui salas em Salvador e no Rio de Janeiro. Brasil Tropical (CE) e Ingleses Holiday (SC) manterão ativas em 2003 suas salas de vendas abertas este ano.

Criado nos anos 60, na França, e aperfeiçoado na década de 70, nos EUA, o Tempo Compartilhado é o setor do turismo que mais cresce no mundo, com altas de 17% nos últimos anos. São mais de 4,5 milhões de proprietários e 5.845 resorts atuando no sistema.

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