Santa Catarina está ainda mais bela

Subir serras iluminadas, curtir o frio e a natureza, saborear a comida típica dos tropeiros, visitar as fazendas de turismo rural, renovar a saúde nas águas termais e assistir ao show das baleias Franca no litoral são alguns dos motivos especiais para se visitar Santa Catarina durante o inverno. Com uma população descendente na sua maioria de imigrantes portugueses, alemães, italianos, poloneses, austríacos, entre outras nacionalidades européias, os catarinenses nutrem verdadeiro fascínio pela vida simples e pura do campo, valorizando a natureza privilegiada do seu território e os aspectos histórico-culturais das suas cidades, ostentando um profundo respeito pelo meio ambiente. Não é à toa que, dos seus 293 municípios, 105 deles são considerados turísticos ou com potencial turístico pela Embratur, colocando o Estado entre os destinos mais visitados do País.

Parece Europa, mas é Brasil

Quem sonha poder um dia apreciar paisagens cobertas de neve, dormir debaixo de muitos cobertores ou até mesmo sentir o frio cortante no rosto, não precisa viajar até o exterior. Aqui mesmo, do ladinho do Paraná, é possível viver essas emoções em cidades como São Joaquim, Bom Retiro, Urupema, Urubici e Lages, todas no Planalto Serrano Catarinense, onde os termômetros costumam registrar temperaturas abaixo de zero. É quando os campos ficam brancos de geada e, ocasionalmente, cobertos de neve. Quando ela chega, anunciada pelo vento sul, moradores e turistas saem às ruas para saudá-la. Nessas horas, jovens e adultos viram crianças e entre risos e “guerra” de flocos de gelo promovem uma verdadeira confraternização.

O fascínio pela neve, que cai com maior freqüência e quantidade no Planalto Serrano Catarinense, é tão grande que basta o anúncio da entrada de uma frente mais fria para a região ficar cheia de turistas.

A vida nas fazendas

Levantar bem cedinho, provar o famoso camargo (café forte e quente misturado com o leite tirado na hora), acompanhar a ordenha das vacas, observar a tosquia das ovelhas, cruzar campos e riachos a cavalo, percorrer trilhas ecológicas, desfrutar da deliciosa culinária campeira e doces caseiros, ouvir “causos” à beira do fogo-de-chão e a sanfona gemendo noite adentro, “entornar” uma caninha enquanto aguarda o rodízio de carnes de gado e ovelha na brasa acompanhado de um bom vinho colonial. Depois, dormir um bom sono numa cama aconchegante com cobertas de lã de ovelha e travesseiros com pena de ganso.

Esta é a proposta do turismo rural desenvolvido em Lages, hoje disseminada em toda região e que conta com mais de quarenta propriedades. A idéia nasceu da necessidade de proporcionar aos visitantes um contato com o cotidiano de uma fazenda de gado, diversificando assim a atividade econômica da região.

Caminhos da Neve

Um mundo mágico, povoado de lendas, vaqueiros, campos retalhados por muros de taipa (pedras rústicas sobrepostas), forma o denominado “Caminhos da Neve”, roteiro que pretende interligar o Planalto Catarinense à Serra Gaúcha, até Gramado e Canela. Atrativos para isso é que não faltam. A começar pela Serra do Rio do Rastro, que liga o Litoral Sul do Estado ao Planalto Serrano, cuja rodovia é uma das mais fascinantes obras viárias do País e também a mais sinuosa. Totalmente iluminada, a estrada recebeu moderno sistema de iluminação, cujos postes e lâmpadas foram projetados de modo a não interferir na vida noturna das aves e animais silvestres.

Os dezoito municípios que compõem o Planalto Serrano Catarinense têm uma rica paisagem composta por serras, campos, morros, colinas, lagos, cascatas e nascentes cristalinas, onde são praticadas as mais variadas modalidades de turismo ecológico e de aventura. Os destaques ficam por conta do Morro da Igreja, em Bom Jardim da Serra, ponto mais alto do Estado, com 1.822 metros de altitude. Vale a pena visitar também o Snow Valley, em São Joaquim, reserva ecológica particular com trilhas ecológicas, xaxins gigantes, cachoeiras e araucárias centenárias. Considerada uma das formações rochosas mais curiosas do País, a Pedra Furada, localizada no município de Urubici, apresenta uma abertura de trinta metros de circunferência, envolta em clima de grande misticismo. A região abriga ainda a maior reserva de araucária do País, imponente pinheiro em cujos galhos nasce a pinha de onde é extraído o pinhão.

Como chegar à Serra Catarinense

Via BR-282:

Sentido Sul de Florianópolis, pela BR-101, até o trevo de Santo Amaro da Imperatriz (17 km). Tomar a BR-282 em direção a Lages. Para chegar a Urubici e São Joaquim, desviar pela SC-430, na altura de Bom Retiro.

Via Serra do Rio do Rastro:

Sentido Sul de Florianópolis, pela BR-101, até o trevo de Tubarão (130 km). Tomar a SC-438 em direção a Lauro Müller, passando por Gravatal e Orleans. Em Lauro Müller, começa a Serra do Rio do Rastro. Na seqüência estão as cidades de Bom Jardim da Serra, São Joaquim e Lages.

Via BR-116 (São Paulo / Rio Grande do Sul):

Partindo de Curitiba, em direção a Lages, até o entroncamento rodoviário da BR-116 com a BR-282, no trevo de Lages.

Informações turísticas

Lages

Secretaria Municipal de Turismo

Telefone (49) 221-1096

Site www.cidadelages.com.br

São Joaquim

Central de Informações Turísticas

Telefone (49) 233-2790

Site:

www.portaldailha.com.br/saojoaquim

Urubici

Secretaria Municipal de Turismo

Telefone (49) 278-4245

Site www.urubici-sc.com.br

Bom Retiro

Telefone (49) 277-0138

Urupema

Telefone (49) 236-1195

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