Porto Seguro prolonga o Carnaval

Na Bahia, o Carnaval não termina na Quarta-feira de Cinzas e sim somente na sexta-feira, dia 7. Segundo estimativa do diretor do Grupo Hills, Carlos Humberto Nascimento, somente na quarta, quinta e sexta-feira do pós Carnaval, quando o Axé Moi assume a programação da festa, R$ 20 milhões serão injetados na economia do município, em gastos com abadás, hospedagem, alimentação, comércio e demais setores ligados ao turismo. Para levar cerca de 150 mil pessoas por noite ao longo do circuito, Carlos Humberto afirma que o Axé Moi está investindo R$ 700 mil, além de manter um grande esquema de divulgação ao longo do ano, com folheteria, divulgação pela internet, participação em feiras de turismo, realização de workshops e emissão de correspondências pessoais.

“40% dos participantes do Carnaval voltam no ano seguinte”, informa o empresário, que promove também sorteio de pacotes de abadás para os foliões que preencherem uma ficha com seus dados, na hora de adquirir a fantasia. “Esse Carnaval já está consolidado e o pessoal já está vindo naturalmente. Estamos atingindo o nível de festas como o Recifolia, de Recife e Fortal, de Fortaleza”, compara.

Segundo ele, o público, basicamente de universitários, recém-formados e profissionais liberais, está na faixa etária entre 19 e 35 anos e possui alto poder aquisitivo. “Esse público é o que mais gasta no Axé Moi”, constata.

Os foliões chegam de aviões, carros próprios e a maioria através de excursões de agências do Rio de Janeiro, Belo Horizonte e diversas cidades do país. Segundo o empresário, muitos ônibus chegam na terça ou quarta-feira, trazendo novos turistas e levando aqueles que não ficarão na cidade para a folia após a Quarta-feira de cinzas.

Emprego e renda

Tanta gente assim, movimenta a economia e também gera empregos, que segundo Carlos Humberto é de oitocentos diretos e mais de 1,2 mil indiretos, sem contar o comércio ambulante e as vagas criadas em hotéis, bares, restaurantes e demais setores do comércio e prestadores de serviços. Somente no circuito da Passarela trabalham 250 cordeiros, setenta seguranças, dez montadores de estrutura, 25 no carro de apoio, quinze na produção, vinte nas vans que fazem os traslados da bandas, 120 nas barracas de comidas e bebidas, trezentos vendedores de abadás, mais um grande número de pessoas nos trios elétricos, camarotes e equipe de organização da prefeitura.

A direção de produção do Carnaval está a cargo de Zé Arlindo e Mariah, trazida especialmente de Fortaleza para reassumir uma função que ela desempenha há sete anos. “Tivemos prejuízos nos dois primeiros anos, mas o Carnaporto foi se profissionalizando e aos poucos fomos ganhando poder de barganha para trazer essas grandes bandas após a quarta-feira de cinzas, quando em geral elas entram de férias”, enfatiza.

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