Peabiru, um caminho de história

Um caminho longo, de mais ou menos três mil quilômetros, que ligava o interior do Estado de São Paulo ao Peru. Era uma trilha que cortava o Brasil de leste a oeste, interligando os Oceanos Atlântico e Pacífico.

Esse caminho existia bem antes da vinda de Cristovão Colombo à América, em 1492, e da chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, em 1500. Alguns historiadores afirmam que o Peabiru tinha cerca de oito palmos de largura, o que dá em torno de 1,40 metro por 0,40 de profundidade.

Para o caminho não desaparecer com a constante erosão, os índios guaranis, usuários do Peabiru, plantaram uma graminha no trajeto. Eles abriam picadas no mato e semeavam as sementes de pelo menos três espécies de gramináceas.

As plantas nasciam e logo cobriam completamente o solo e impediam o crescimento de árvores e ervas invasoras. Sem isso, diz o professor Moysés Bertoni num de seus livros, a picada teria desaparecido.

Ramais

O Caminho de Peabiru tinha vários ramais e um deles que partia de Santa Catarina passava pela região de Campo Mourão, noroeste do Paraná. O município vizinho, Peabiru, é um exemplo, pois seu nome foi dado por Sady Silva, em 1945. Ele era do Departamento de Geografia, Terras e Colonização do Estado do Paraná e conhecia a história e a importância do Caminho de Peabiru.

O ramal de Campo Mourão começava em Itu, Estado de São Paulo, e seguia paralelo ao Rio Tietê, rumo oeste, até Botucatu. De lá, seguia até o Rio Paranapanema e chegava ao Ivaí. Dali, alcançava o Rio Mourão e o município de Campo Mourão.

Livro

Marco em homenagem a Cabeza de Vaca.

Há várias denominações do Caminho de Peabiru, a exemplo de “Caminho de Mato Batido”, como diziam os índios. Os jesuítas chamavam-no de Caminho de São Tomé.

Dizem que o primeiro europeu a percorrer o Caminho de Peabiru foi Aleixo Garcia, que teria sido morto por volta de 1525. Mas quem fez o mesmo trajeto e deixou um livro sobre o assunto foi Alvar Nuñes Cabeza de Vaca, enviado ao Brasil pelo então governo espanhol.

Em Naufrágios e Comentários, Cabeza de Vaca, como era conhecido, narra sua viagem pelo Peabiru em 1541, portanto 19 anos depois que Aleixo Garcia teria feito o mesmo trajeto.

Vestígios atraem aventureiros

Ponto de partida da caminhada em Campo Mourão.

Na região de Campo Mourão é possível ver alguns resquícios do Peabiru, o que tem motivado aventureiros e estudiosos a refazerem o percurso. Um desses trechos sai de Campo Mourão passa por Barbosa Ferraz e chega a Fênix.

São cerca de 60 quilômetros de muita beleza e história. Quem se dispõe a percorrer o trajeto chega ao Parque Vila Rica do Espírito Santo, uma cidade histórica construída pelos espanhóis.

Em Pitanga, vestígios do Caminho de Peabiru podem ser vistos num sítio de 49 alqueires. No local, há trechos com uma graminha conhecida por puxa-tripa porque gruda nos pés de quem passa pela trilha.

Ainda hoje essa espécie de planta é comum na região. Pela propriedade, as pedras de basalto, conhecidas por pedra ferro, chamam atenção dos visitantes.
Em 1971, um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná investigou pistas do Caminho de Peabiru nas cidades de Campina da Lagoa e Ubiratã e achou até sobra de um ritual de cremação.

Anos depois, no entanto, a cultura da soja destruiu a trilha preservada.,
O resultado dessa descoberta, apesar do sumiço dos vestígios, continua sendo um dos mais reveladores sobre o Peabiru. (DO)

Explore a Paris não turística

Paris está quase sempre nos planos da maioria das pessoas que planejam visitar a Europa. E são muitos os motivos que levam a Cidade Luz a ser uma das campeãs na recepção de turistas no mundo, dentre eles beleza arquitetônica, gastronomia, ambiente acolhedor e os excelentes vinhos.

Torre Eiffel, Avenida Champs Elysées, Arco do Triunfo, Museu do Louvre e os charmosos cafés são atrativos que não devem ficar de fora de nenhum roteiro, mas há muito mais para se ver fora do circuito turístico convencional. A operadora Tivoli oferece um programa que inclui passeio por uma Paris diferente, vista de outro ângulo.

Um lugar bastante freqüentado pelos parisienses, o Canal St. Martin, um pequeno curso de água, localizado atrás da linda Place de La Republique, é um excelente lugar para fazer um piquenique com a família, ou se preferir, tomar um aperitivo com os pés na água, nos meses de verão.

Outra pedida, para quem gosta de arte, é um passeio pela Rue de Seine, passando por vários museus, entre eles, a Fundação Cartier-Bresson, lugar que abriga fotos de Cartier Bresson, considerado por muitos, o pai do fotojornalismo.

O passeio continua pelos arredores da linda Rue Daguerre, apreciando construções antigas, com arquiteturas maravilhosas, que vão desde Montparnasse até Denfert.

A charmosa Paris tem ótimos restaurantes com excelente comida. O Bistrot St. Marthe, localizado em uma praça triangular, próximo a Rue St. Marthe, serve o melhor da gastronomia mundial, acompanhado de vinhos franceses e ao som de saxofonistas que, geralmente, se exibem na praça.

Quem prefere dar uma esticadinha, a pedida é curtir a noite em uma discoteca instalada em uma antiga e desativada estação de trem, na Rue Bagnolet, com hits que variam desde electro até indie-rock.

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