Ouro Preto: 304 anos de história

Visitar Ouro Preto (MG) é como fechar os olhos, voltar no tempo e compreender a história. É também desvendar segredos e ter a certeza de que não é a toa que o centro histórico tem o mérito de ser Patrimônio Cultural da Humanidade.

É também sentir que ali a história continua com iniciativas que estimulam a economia, a cultura e o turismo. Dinheiro, poder e conspiração são elementos que fazem parte da riqueza da trajetória de Ouro Preto, cidade histórica situada a noventa quilômetros de Belo Horizonte, a capital mineira. As vielas, ladeiras e casarões foram palco de três revoluções – Guerra dos Emboabas, Sedição de Vila Rica e Inconfidência Mineira – a maior corrida do ouro da América do Sul e o principal caso de traição do Brasil colonial – a denúncia do Coronel Joaquim Silvério dos Reis que, em troca do fim de uma dívida, entregou o plano dos inconfidentes à Coroa Portuguesa.

Fundada em 1698, Ouro Preto foi elevada a capital da província de Minas Gerais em 1823. O precioso metal dourado que deu nome a cidade também ergueu igrejas, financiou a bela arquitetura barroca e alimentou a arte. Hoje, são vinte igrejas, quinze chafarizes nos moldes barroco e um sem número de obras do genial Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho.

Conhecendo Ouro Preto

O ponto de partida para a descoberta de Ouro Preto pode ser pela Igreja Senhora do Pilar, inaugurada em 1733 e considerada o templo com maior volume de adornos em ouro da cidade. Seu subsolo abriga o Museu da Prata, onde são expostos suntuosos paramentos religiosos do século XVIII.

Outra boa surpresa é a Igreja de São Francisco de Assis, obra-prima do mestre Aleijadinho. A porta da Igreja, entalhada em pedra sabão, até as esculturas do púlpito, que narram episódios bíblicos, São Francisco de Assis são exemplares da influência do rococó na cultura nacional.

Indispensável o passeio pelo Largo do Rosário, onde está a Matriz de Nossa Senhora do Rosário. Todos os sábados, às 20h, o local é palco do Rosário Cultural, uma iniciativa da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Ouro Preto (Aciaop), criada para resgatar e manter viva algumas das tradicionais manifestações do interior de Minas Gerais. Grupos folclóricos e bandas regionais, aproveitam o palco formado pela escadaria da Igreja e oferecem ao público espetáculos inspirados nas festa de rua de New Orleans, nos Estados Unidos.

Instalado na antiga Casa da Câmara e Cadeia, Construída ao longo de 19 anos, entre 1784 e 1846, o Museu da Inconfidência abriga os principais documentos do inquérito de condenação dos rebeldes da Inconfidência Mineira, além dos originais da sentença de enforcamento e esquartejamento do alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Outro ambiente de impacto é o Panteão, sala que abriga os restos mortais dos inconfidentes.

Gastronomia

A cidade também é polo de outro marcante traço da cultura de Minas Gerais, a gastronomia. Em setembro, será realizada a primeira edição do Ora Pro Nobis – Festival Internacional de Gastronomia Mineira. Já estão confirmadas as presenças do chef francês Christian Guillut e da brasileira Roberta Sudbrack, responsável pela cozinha do Palácio da Alvorada, além de gourmets dos principais restaurantes e bares locais.

A cidade oferece bons hotéis, dentre eles estão: Solar do Rosário (31- 3551 5200); Grande Hotel do Ouro Preto (31- 3551 1488) e Luxor (31-3551 2244).

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