Orlando critica mudanças no visto

Em nome da Associação da Indústria do Turismo da América (TIA), o vice-presidente sênior de marketing do Orlando/Orange County Convention & Visitors Bureau (Orlando CVB), Jose Estorino, contou ao Subcomitê do Senado para Operações Internacionais e Terrorismo como as recentes políticas federais relacionadas à emissão de vistos de não-imigrantes ou turistas afetaram as viagens internacionais.

Hoje em dia, visitantes de países com exigência de visto têm que passar por um processo muito mais rigoroso que implica não só mais tempo para se obter o visto, mas também custos mais altos.

Ele citou a experiência dos turistas brasileiros que são obrigados a se locomover, num país do tamanho dos Estados Unidos, a um custo significativo, a um dos quatro locais para se submeterem às entrevistas. O crescimento nas exigências para se obter vistos de turista B1/B2 sem um subseqüente crescimento nos recursos para facilitar o procedimento criou também filas nos processos nas embaixadas e consulados americanos ao redor do mundo.

“Certo ou errado, os turistas estrangeiros percebem que a miríade de novas regras de segurança está criando uma ?fortaleza americana?”, depôs Estorino. “De maneira geral, as novas exigências fazem sentido, do ponto de vista da segurança doméstica, e têm o apoio do setor do turismo nos Estados Unidos. Mas, para muitos visitantes estrangeiros, uma onda após outra de novas exigências pintam os Estados Unidos como um destino que está se tornando inacessível, muito caro para visitar e que simplesmente não vale o esforço”, complementou.

Desvio de rota

Estorino alertou o subcomitê que errar ao enfrentar as percepções dos turistas estrangeiros vai levar a participação dos Estados Unidos no mercado internacional de turismo a continuar caindo, pois turistas de países onde há exigência de vistos, como Brasil e Coréia, vão privilegiar destinos turísticos menos exigentes.

A indústria do turismo americana movimenta US$ 525 bilhões e é uma parte vital da economia. Turistas estrangeiros são parte crucial do mix – contribuindo com US$ 88 bilhões em gastos, US$ 12 bilhões em impostos locais, estaduais e federais, além de responder por um milhão de empregos por todo o país. Entretanto, o contínuo declínio na entrada de turistas estrangeiros custou US$ 15,3 bilhões à economia americana.

A queda nas viagens vem sendo atribuída a vários fatores, incluindo medo do terrorismo, queda na economia global e confusão nos novos procedimentos norte-americanos de emissão de vistos e de segurança nas fronteiras. “A indústria do turismo americana está pronta para trabalhar com o Congresso e com o Executivo na criação de políticas de bom senso que previnam a entrada de terroristas e, ao mesmo tempo, facilitem a entrada de dezenas de milhões de visitantes a trabalho e lazer, que proporcionam enormes benefícios econômicos e sociais ao nosso país”, alegou Estorino.

O Subcomitê de Relações Exteriores foi convocado por seu presidente, senador John Sununu (republicano, New Hampshire), para ouvir dois painéis de especialistas, em assuntos relacionados à segurança doméstica.

O Orlando CVB é o órgão oficial de promoção e marketing da região de Orlando, responsável pela divulgação da região, crescimento do turismo para a área e pela atração de feiras e convenções. Orlando recebeu 43 milhões de visitantes em 2002, incluindo 2,4 milhões de turistas estrangeiros.

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