Monte Fuji, um dos mais famosos
cartões-postais do Japão.

A partir da próxima sexta-feira, os olhos do mundo estarão voltados para a Ásia. A Copa do Mundo deverá atrair milhares de turistas de todos os continentes para a Coréia do Sul e Japão, países que sediarão o mais importante campeonato de futebol do planeta. No Japão, as dez cidades onde acontecerão os jogos, mais do que nunca, serão destinos importantes, atraindo visitantes que, além de assistir às partidas, terão a oportunidade de conhecer seus muitos atrativos turísticos. Além de muita emoção por conta dos jogos, Yokohama, Shizuoka, Sapporo, Ibaraki, Saitama, Miyagi, Osaka, Oita, Kobe e Niigata já estão prontas para oferecer lazer e entretenimento aos seus visitantes.

Aproveite! A Copa do Mundo é um bom pretexto para conhecer um pouco deste país chamado Japão que, apesar de ser a maior potência em tecnologia e modernidade, não deixa de lado suas ricas tradições.

Aos brasileiros resta torcer para a seleção canarinho chegar às finais do campeonato, já que irá jogar no Japão somente nessa etapa. Das dez cidades japonesas que sediarão o campeonato, o Brasil jogará em seis delas – Kobe e Miyagi, onde acontecerão as oitavas-de-final, nos dias 17 e 18 de junho; Shizuoka e Osaka, que sediarão as quartas-de-final nos dias 21 e 22; Saitama, onde acontecerá a semifinal no dia 26, e Yokohama, que será o palco da grande final, no dia 30 de junho.

O país

Localizado na região Leste do continente asiático, o Japão é formado por mais de três mil ilhas, das quais 70% são cobertas de montanhas, florestas, lagos e rios. As principais ilhas são Hokkaido, Honshu, Shikoku e Kyushu. De norte a sul, o país tem três mil quilômetros de extensão. O seu clima vai de tropical (ilhas da região Sul) a temperado (ilhas do Norte). Este pequeno grande país é bastante conhecido pela disposição de trabalho de seu povo, responsável pela sua reconstrução após a Segunda Guerra Mundial. Tornou-se uma verdadeira potência mundial na segunda metade do século XX e atualmente é uma das economias mais competitivas do mundo.

Economicamente forte, rico em tecnologia e de tradições milenares. Estas características definem bem o Japão de hoje. Mas, quando o assunto é futebol, este mesmo país se torna inexpressivo e simplesmente some no ranking dos melhores do mundo. O esporte foi introduzido naquele país em 1873 e o gosto pela sua prática fez com que os japoneses criassem, em 1921, a Associação de Futebol do Japão. Somente em 1929, o país se associou à Fifa (Federação Internacional de Futebol) e chegou ao profissionalismo recentemente, em 1991.

Em termos de Copa do Mundo, pode-se dizer que o Japão é inexperiente. Participou somente da última, em 1998, na França, tendo ficado em penúltimo lugar.

Em compensação, este ano, o país é uma das sedes do mundial e se destaca, desde já, por oferecer estádios moderníssimos. De acordo com a Fifa, nunca uma Copa do Mundo teve estádios tão magníficos, que oferecem tanta tecnologia e conforto. Esta é mais uma razão para incluir esses templos do esporte no rol dos pontos turísticos a serem visitados na sua próxima viagem ao Japão.

Brasil joga em seis cidades turísticas

O Japão, pelo menos para os brasileiros, geralmente é associado à tecnologia, modernidade e trabalho incessante. Mas o país é muito mais do que isso. Tem uma natureza rica, com rios, montanhas, florestas e lagos que formam paisagens exuberantes.

É isso que se vê também nas seis cidades em que a seleção brasileira de futebol deve jogar e já devem estar na mira dos muitos brasileiros que pretendem viajar para a Terra do Sol Nascente a fim de assistir ao campeonato. Quem estiver receoso em relação ao acesso a cada uma das cidades, é bom lembrar que sete das dez que sediarão os jogos serão conectadas por um trem-bala, denominado Shinkansen, e que, de avião, o percurso entre elas é de menos de duas horas de duração.

O Brasil jogará em apenas seis das dez sedes da Copa no Japão: Kobe e Província de Miyagi (oitavas-de-final), Shizuoka e Osaka (quartas-de-final), Saitama (semifinal) e Yokohama (final). Saiba um pouco mais sobre elas.

Kobe

As finais têm início em Kobe, que sediará as oitavas-de-final, em 17 de junho. A cidade tem um dos mais importantes portos comerciais do mundo e prosperou como centro de transporte marítimo. A abertura de seu porto para o mundo resultou na criação de povoados ao seu redor e na atração de estrangeiros para a cidade, que se tornou cosmopolita.

Tendo como pano de fundo o verdejante Monte Rokko, a cidade apresenta pontos turísticos importantes, como o Parque Memorial do Terremoto do Porto de Kobe, construído em memória ao grande terremoto de Hanshin-Awaji, em 17 de janeiro de 1995. As Termas de Arima, que se situam a trinta minutos de carro ou de trem do centro da cidade, são a estância de águas termais mais antiga do Japão e famosa pela qualidade e variedade de suas águas minerais, umas ricas em ferro e sal e outras, em rádio e ácido carbônico. Outro ponto que deve ser visitado é Sannomiya, o principal centro urbano de Kobe. Para quem quiser conhecer um autêntico jardim japonês, a dica é visitar o Sorakuen, um belo jardim conhecido por suas azaléias, durante a primavera (fim de março a fim de junho) e crisântemos no outono (fim de setembro a fim de dezembro).

Miyagi

Na Província de Miyagi, situada na região de Tohoku, acontecerão os jogos das oitavas-de-final, no dia 18. A capital, Sendai, com seus 981.745 habitantes, constitui um centro cultural, político e econômico da região. Com belezas como Matsushima e a Ilha de Kinkanzan, a cidade é também um importante centro de turismo. O Festival das Estrelas (Tanabata), realizado entre 6 e 8 de agosto, é um dos maiores acontecimentos do Japão. Matsushima, com suas 260 ilhas espalhadas numa baía, é um dos três cenários mais famosos do país. Em uma das suas ilhas foi construído o Pavilhão Godaido, patrimônio cultural. Além de Matsushima, outra visita obrigatória para quem vai a Miyagi é o Templo Zuiganji. Seu pavilhão principal e outras construções são considerados tesouros nacionais.

Shizuoka

Província localizada na Costa do Pacífico da região central de Honshu, Shizuoka tem o Monte Fuji, que é também símbolo do Japão, como uma das principais atrações. A província, na verdade, é ponto central para dois dos maiores atrativos naturais do país – os parques nacionais de Fuji-Hakone-Izu e dos Alpes do Sul. Ao lado do mar e das montanhas, estes atrativos oferecem belas paisagens. O simbólico Monte Fuji, de 3.776 metros, é o mais alto do país, por isso, pode ser visto de vários lugares da província. De julho a agosto (verão no Japão) é a época em que o seu cume é aberto para as pessoas que se arriscam a escalá-lo.

As verdejantes plantações de chá de Makinohara formam um tapete que se estende sob o Monte Fuji. Coletivamente, elas são as maiores em escala no Oriente. O mês de maio é quando se faz a colheita das primeiras folhas de chá do ano. As alternativas para lazer ao ar livre são muitas nesta área, que é abundante também em águas termais.

Outros pontos merecem visita nesta província, como o Castelo de Sumpu, transformado em um parque; o Santuário Kunozan Toshogu, designado como tesouro nacional; o Miho-no-Matsubara, trecho de seis quilômetros de litoral famoso pelas vistas do Monte Fuji, entre bosques de pinheiros sempre verdes; as plantações de chá de Makinohara; Lago Hamana, muito procurado pelos amantes dos esportes aquáticos; Gotemba Racing Palace (cidade de Gotemba), um museu de carros de corrida com uma seção especial de Ayrton Senna.

Osaka

Sede das quartas-de-final que acontecerão no dia 22 de junho, esta é a segunda maior cidade do Japão, logo depois de Tóquio. É também a terceira mais populosa do país, com 2,5 milhões de habitantes. Importante centro comercial e industrial do Oeste do Japão, Osaka é também um centro de tráfego aéreo (doméstico e internacional), marítimo e conta com extensa rede ferroviária. Durante muitos anos, a cidade desempenhou papel importante na história do Japão pelo seu intercâmbio cultural com a Coréia e a China. Hoje, muitas de suas ruas continuam sendo centros do comércio atacadista.

Os pontos turísticos mais relevantes são o Castelo de Osaka; o Templo Xintoísta de Temmangu; o Templo Shitennoji ou Tennoji; o Templo Xintoísta de Sumiyoshi, dedicado aos viajantes marítimos; o Centro Cívico de Nakanoshima; o Centro Comercial Subterrâneo de Umeda, com várias lojas e restaurantes; os centros de diversões de Sennichimae e Dotombori e o bairro comercial de Shinsaibashi-suji.

Aproveitando a estada na cidade, recomenda-se também visitar o Aquário de Osaka (Kaiyukan), um dos maiores do mundo. Exibe a vida marinha do Oceano Pacífico sob o tema “Arco de Fogo”, refletindo a cadeia vulcânica que circunda o Pacífico. A Universal Studios Japan é outro atrativo da cidade. Situado defronte ao mar, o parque oferece dezoito passeios e shows das maiores atrações da Universal Studios de Hollywood e Orlando, e três novas atrações especialmente projetadas pela Universal Studios Japan.

Saitama

O brasileiro que for ao Japão, especialmente em razão da Copa do Mundo, certamente estará com os ânimos exaltados quando chegar a Saitama. Isso porque a cidade, situada ao norte da capital Tóquio, é a sede da semifinal do grande campeonato, que será realizada no dia 26 de junho. Espera-se que a seleção canarinho não decepcione e chegue a esta etapa, dando aos brasileiros que vão acompanhar os jogos a oportunidade de visitá-la. Conhecida por “A Prefeitura do Esplendor” (Sai-no-kuni), Saitama ganhou este epíteto por seus atrativos naturais combinados às suas ricas cultura e história.

É em Saitama que se localiza o Museu de John Lennon, o primeiro no mundo oficializado e aprovado por Yoko Ono. Foi inaugurado em outubro de 2000 para homenagear os quarenta anos de nascimento do músico e sua brilhante carreira, assim como perpetuar sua imagem perante as novas gerações. Seu acervo é composto por cerca de 130 itens, como guitarras, manuscritos líricos, roupas e fotos.

Quem aprecia os famosos bonsais (árvores em miniatura) não pode deixar de visitar a Aldeia de Bonsai, uma das maiores fazendas dessas arvorezinhas, cultivada por um grupo de quatorze pessoas.

Yokohama

No que depender da vontade de 170 milhões de brasileiros, a seleção canarinho vai jogar em Yokohama, a sede da grande final da Copa, e sairá de lá com o troféu de vencedor e o título de pentacampeão, no dia 30 de junho. Aliás, é possível que algumas pessoas estejam esperando o desenrolar dos jogos e programe sua viagem ao Japão somente se houver chances reais de a seleção brasileira chegar às finais. Se houver, para essas pessoas, Yokohama, situada a apenas trinta minutos de Tóquio, também será destino certo.

O que era uma pequena aldeia de pescadores cresceu nos últimos 140 anos, quando foi aberta para o mundo ocidental como um dos primeiros portos internacionais do país. Atualmente, Yokohama é uma das maiores cidades japonesas e a segunda mais populosa; seu porto é um dos mais ativos do Extremo Oriente. O que melhor simboliza o futuro de Yokohama é a área aterrada da baía conhecida como Minato Mirai 21, com seus moderníssimos arranha-céus.

O bairro de Minato Mirai 21 tem o Landmark Tower Sky Garden, observatório no 69.º andar do edifício Landmark Tower, o mais alto do Japão, com 296 metros de altura. Dele, se pode ter uma vista de 360 graus de Tóquio até o Monte Fuji. Os seus andares inferiores abrigam um hotel e um shopping center com 190 lojas. A cidade tem também o segundo maior bairro do mundo, o Bairro Chinês de Yokohama, que conta com mais de quinhentos estabelecimentos.

O Parque Yamashita é um trecho de um quilômetro a partir do cais Osanbashi, que serve como um oásis para os turistas. O Hikawa-maru é um navio que está ancorado no parque e é uma das atrações e tem museu e restaurante flutuantes. O Museu de Lámen de Shin-Yokohama é outro ponto interessante da cidade. No complexo onde está inserido, foram reproduzidas ruas típicas de uma vila japonesa em 1958. No local existem oito restaurantes de macarrão lámen de todo o Japão.

Saiba que…

– O verão no Japão tem início em junho, com a chegada da estação das chuvas, que dura três semanas. Por isso, o mês começa fresco e termina com dias quentes e úmidos. O verão é o período de férias, por isso, praias e montanhas ficam cheias. Nessa época se faz a escalada do Monte Fuji.

– No Japão, a rede de transporte público é altamente desenvolvida. Para viagens de longa distância, os trens superexpressos Shinkansen ou os serviços de vôos domésticos são convenientes. Há linhas de metrô em todas as grandes cidades. São rápidas, econômicas e seguras.

– O idioma oficial é o japonês, mas o inglês é falado em todo o Japão. Há cerca de 1.550 intérpretes licenciados no país para os idiomas português, inglês, espanhol, entre outros. Dispõe de mais de oitocentos guias de turismo profissionais que falam também português. Os serviços podem ser solicitados junto à Japan Guide Association (telefone 03-3213-2706) e Japan Federation of Licensed Guides (telefone 03-3219-1665) ou ainda em hotéis e agências de viagens.

– A moeda é o iene. As moedas mais usadas são as de 10 (servem para telefones públicos), 50 e 100 (servem para ônibus, máquinas de cigarro, bebidas não-alcoólicas, passagens de trem e de metrô). Bancos e outros estabelecimentos autorizados não operam com o real, somente dólar e outras moedas conversíveis. US$ 1 equivale a 128,090 ienes (cotação do dia 17 de maio).

– O telefone da Embaixada do Brasil no Japão é (03) 3404-5211 e o e-mail é brasemb@twics.com .

– Mais informações sobre o Japão podem ser obtidas no site da Organização Nacional de Turismo Japonês (ONTJ) www.japao-infotur.org.br (informações estão em português) ou pelo telefone (11) 3214-6487.

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