O campo do Transamérica Ilha de
Comandatuba (BA) já é famoso.

Peter Walton, presidente da International Association of Golf Tour Operators, visitou o Brasil pela primeira vez para conhecer de perto o potencial do País para a prática do golfe. A Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) aposta no esporte como pólo de atração de turistas, por isso, está estreando a participação em feiras específicas do segmento e apoiando a CBG (Confederação Brasileira de Golfe) no circuito “Conheça o Brasil Jogando Golfe”.

Durante a feira International Golf Travel Market (IGTM), em Punta Cana, República Dominicana, no final do ano passado, Peter ficou surpreso ao visitar o estande da Embratur e conhecer a infra-estrutura do Brasil especialmente voltada ao turista praticante de golfe.

Durante a visita ao Brasil, na última semana, ele conhece oito campos oficiais. A ocasião foi uma boa oportunidade de o Brasil se candidatar a sede do IGTM de 2006. “Se o IGTM for sediado aqui, além de trazer turistas estrangeiros de negócios, também vamos receber os operadores turísticos que poderão vender o Brasil no segmento golfe”, afirma Jeanine Pires, diretora de Turismo de Negócios e Eventos da Embratur. O inglês Walton é uma das pessoas que decidem onde irão acontecer as próximas edições da feira, um evento anual e itinerante.

O esporte

Dos cerca de sessenta milhões de jogadores no mundo, vinte milhões viajam para praticar o esporte pelo menos uma vez por ano, segundo estimativas da CBG. “Se Walton fizer uma boa avaliação dos nossos campos, definitivamente vamos virar uma página e entrar na rota do turismo de golfe mundial”, acredita Christiane Teixeira, vice-presidente de desenvolvimento da Confederação. Os ânimos estão confiantes – a CBG e quem conhece outros campos consagrados no mundo sabem que o que se encontra no Brasil é de excelente qualidade. “Nossa infra-estrutura é boa e os resorts têm padrão internacional”, afirma Airton Pereira, diretor de Turismo de Lazer e Incentivo da Embratur, responsável pelo projeto de apoio à comercialização do Turismo de Golfe no mercado internacional. “Estamos divulgando o turismo de golfe e este circuito em todas as feiras”, comenta Airton.

“Conheça o Brasil jogando Golfe” é realizado em oito etapas, cada uma com oitenta participantes, em nove resorts. É uma série de amistosos que acontecem junto a festas, músicas e jantares, unindo o esporte ao turismo. O campeonato começou dia 18 de março e termina em 21 de novembro, passando por cinco estados brasileiros. Walton participou de uma das fases, em Comandatuba (BA).

Gastos

A National Golf Foundation, dos Estados Unidos, avalia que os golfistas gastem US$ 26,1 bilhões em viagens para praticar o esporte por ano no mundo, dos quais 75% vão para as indústrias hoteleira, de transporte, de alimentação e bebidas.

Os Estados Unidos lideram o ranking de número de praticantes, com cerca de 26,2 milhões de golfistas. Em segundo lugar vem a Suécia, com aproximadamente 650 mil golfistas.

A CBG estima que o Brasil tem vinte mil praticantes. Segundo a World Travel and Tourism Council e a Organização Mundial do Turismo (OMT), em 1999, o turismo de golfe movimentou 656,9 milhões de turistas e criou 192 milhões de empregos diretos e indiretos.

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