Expedição leva ao Continente Branco

A parte mais acessível do chamado Continente Branco é a Península Antártica. Noventa e nove por cento coberta de gelo, tem 70% da água doce do mundo e é o único continente onde o ser humano não habitou previamente. Trata-se de um continente cercado por oceanos que cobrem uma área de quatorze milhões de quilômetros quadrados no verão e, no inverno, chega a duplicar de tamanho. Por ser tão diferente, é que a Antártica atrai tantos turistas todos os anos.

Uma expedição que começa em Ushuaia, na chamada Terra do Fogo, na Argentina, precisamente no famoso Canal de Beagle, onde os turistas embarcam no quebra-gelo russo da Quark Expeditions, propõe uma aventura à terra dos pingüins.

A viagem tem início no final da tarde mas, ao cruzar a Passagem Do Drake, vários tipos de pássaros marinhos podem ser avistados seguindo o navio. A passagem foi batizada com o nome do famoso navegante inglês do século XVI, Sir Francis Drake. Depois de mil quilômetros é que se chega às Ilhas Shetland do Sul, onde naturalistas estrangeiros a bordo dão aulas preparando os passageiros para a grande aventura.

Os turistas aprendem, por exemplo, sobre os diferentes tipos de pingüins que vivem na Antártica e que o verão, que vai de novembro ao final de fevereiro, é a única estação em que se pode visitar a Antártica. Os simpáticos pingüins são avistados a toda hora e, observando um pouco, vê-se a luta dos pais pela sobrevivência dos filhotes, ao se revezarem no mar em busca de alimento. É interessante observar como cada tipo de pingüim tem sua forma de se expressar e alguns costumam gritar – e bem forte – chamando a atenção das pessoas.

Focas e lobos-marinhos também enfeitam o passeio. Eles estão nas praias e também nos icebergs, os imensos blocos de gelo que flutuam no mar depois de se desprender dos glaciares.

Navegando pelo Estreito de Gerlache, avistam-se ainda baleias – corcundas bem perto do barco, um belo espetáculo. Os turistas visitam a base cientifica da Argentina – Almirante Brown – que acolhe cientistas dedicados à investigação científica durante os meses de verão. Essa base está localizada na Bahía Paraíso, um dos lugares mais maravilhosos na Península Antártica.

Uma parada no museu

A base inglesa A, que há alguns anos foi transformada em museu, é uma das paradas da expedição. É interessante saber que esse é o único lugar no continente antártico onde se pode comprar selos postais e já enviá-los. A Base A está localizada em Porto Lockroy, onde o turista tem a oportunidade de caminhar por uma colônia de pingüins e também avistar alguns restos de ossos de baleias. Porto Lockroy é uma baía cercada de montanhas e geleiras.

Depois de desfrutar o dia, uma dica é apreciar a paisagem noturna, pois, como durante o verão não escurece na Antártica, as cores do céu refletidas no gelo oferecem uma vista impressionante.

A passagem pelo Canal Neumayer e, mais para o sul, o Canal Lemaire, mais conhecido como o canto “Kodak da Antártica”, são vistas inesquecíveis da viagem e que merecem ser registrados para sempre relembrar da aventura ao mundo fascinante do Continente Branco.

Serviço

– A Quark Expeditions começa suas viagens para a Península da Antártida a partir de 9 de novembro, saídas consecutivas de onze dias até fevereiro de 2005. São doze dias a bordo do M/V Orlova, com capacidade para 110 passageiros. Preços: a partir de US$ 3.695 por pessoa.

Mais informações podem ser obtidas na Quark Expeditions em Buenos Aires, pelo telefone (54-11) 4806-6326, www.antarcticacruises.com.ar ou consulte seu agente de viagens.

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