Colchagua, seus vinhos e seus encantos

O Chile produz atualmente um dos vinhos de melhor qualidade em todo o mundo. Os parreirais chilenos estão localizados num grande vale central compreendido em oitocentos mil quilômetros, sendo quatrocentos mil ao norte e quatrocentos mil ao sul de Santiago.

Entre esses vales, destaca-se o Vale de Colchagua, ao sul da capital. Nesse vale a indústria vinícola chilena vem se consolidando nos últimos dez anos, principalmente para exportação. O Vale de Colchagua tem clima ideal para produção de vinhos, principalmente tintos e da espécie Cabernet.

Aproveitando a relação da região com a produção de vinho, foi criada, há seis anos, a Rota do Vinho do Vale de Colchagua. Ela engloba a visita a doze vinícolas da região, sendo apontada pela revista norte-americana Travel and Leisure como um dos 25 destinos mais interessantes do mundo.

Visitam anualmente o local aproximadamente cerca de três mil pessoas.

As vinícolas que fazem parte do circuito turístico são: Vinha Bisquertt, Vinha Casa Lapostolle, Vinha Casa Silva, Vinha Luis Felipe Edwards, Vinha Montes, Vinha MontGras, Vinha Santa Laura ou Laura Hartwig, Vinha Siegel-El Crucero e Vinha Manent.

A visita às vinhas não é apenas interessante aos profundos conhecedores de vinho. Os leigos se encantam com as belezas naturais das plantações, assim como com a maneira com que se desenrola todo o processo de fabricação da bebida. Durante o passeio, especialistas explicam como funciona toda a preparação e o armazenamento do vinho. Desde a colheita da uva, passando pela fermentação tanto em tonéis de aço como em barricas de madeira, até o engarrafamento e armazenamento fazem parte da rota. A degustação é indispensável. E, a partir dela, até aqueles que nada conhecem de vinhos podem aprender a diferenciar algumas variedades.

Detalhes como o fato de o suco da uva rosada ser claro e a cor tinta só ser adquirida a partir do contato do suco com a casca, ou a relação direta de proporcionalidade do açúcar com o teor alcoólico do vinho são conhecimentos que se adquirem durante o passeio.

A maioria dos vinhos produzidos no Chile é feita com uvas de espécies originariamente francesas. A Vinícola Bisquertt, por exemplo, recentemente foi escolhida por uma revista especializada inglesa com a produtora do melhor vinho Merlot do mundo.

Museu

Independente da Rota do Vinho, mas também imperdível na visita ao Vale de Colchagua, é o Museu de Santa Cruz, localizado na cidade de mesmo nome, que tem cinqüenta mil habitantes.

O museu nos remete a uma viagem pela história da América, passando pela pré-história e chegando aos dias atuais.

Entre as peças que se destacam estão um mapa traçado no início da colonização espanhola na América.

Ele foi feito manualmente por cavaleiros que percorreram todo território americano.

O curioso é que numa comparação com o atual mapa da América, as diferenças são mínimas. Ou seja, mostra que o trabalho de mapeamento feito de maneira artesanal há séculos era quase perfeito.

Outra peça de grande destaque no museu é a carta de independência do Chile, assinada pelo libertador do país, Bernardo O?Higgins.

O jornalista viajou a convite da Corporación de Promoción Turistica de Chile e da Lan Chile.

Aproveite a viagem…

– não deixando de ir ao Museu de Santa Cruz.

– conhecendo as vinícolas e adquirindo vinhos de ótima qualidade para degustar em casa, afinal, a importação de vinhos chilenos no Brasil ainda é incipiente. A maioria deles vai para a Europa e para os Estados Unidos.

Saiba que…

– os preços da visita à rota variam entre US$ 25 e US$ 70, dependendo da duração e do número de pessoas no grupo.

– outras informações sobre o vale podem ser obtidas no site www.colchaguavalley.cl.  (LM)

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