Campos do Jordão está ainda mais tentadora

Visitar Campos do Jordão é estar em contato com uma natureza exuberante e desfrutar de um clima reconhecido internacionalmente como um dos melhores do mundo. A Suíça brasileira, como é conhecida, está localizada no Vale do Paraíba, junto à Serra da Mantiqueira, no interior paulista. A 177 quilômetros da capital, São Paulo, o acesso a ela é fácil e rápido graças a rodovias modernas e seguras. Sua infra-estrutura é capaz de satisfazer aos mais exigentes visitantes, tanto no que se refere à hospedagem quanto também às inúmeras opções de diversão. É considerada uma estância climática com vocação para o turismo cultural, de aventura e de montanha.

É muito procurada para a prática do ecoturismo pois une o clima de montanha, com as quatro estações bem definidas, à exuberante natureza onde está inserida. Por todo o lado da cidade há trilhas para caminhada. As mais bonitas e bem conservadas ficam no Horto Florestal ou Parque Estadual Campos do Jordão.

Além dos esportes de aventura e em meio à natureza, a cidade atrai pelos inúmeros eventos culturais e pelo seu interessante centro de compras, gastronomia, cultura, lazer e entretenimento.

No inverno, Campos do Jordão fica ainda mais tentadora pois o cenário muda e seus atrativos ficam ainda mais interessantes. Isso faz com que essa pacata estância com cerca de 45 mil habitantes receba, entre junho e agosto, até 1,5 milhão de visitantes.

Três vilas

Para entender a cidade, é preciso saber que Campos do Jordão é formada por três núcleos que, ao longo do Vale do Paraíba, se desenvolvem com a característica de vilas: Abernéssia, Jaguaribe e Capivari.

A Vila Abernéssia, fundada em 1915 pelo escocês Robert John Reid, caracteriza-se por sua feição eminentemente comercial e por sediar o centro cívico. A palavra Abernéssia, incomum no vocabulário, constitui a união do prefixo Aber, de Aberdeen, com o sufixo Ness, de Inverness. Movimentado centro comercial, localizado bem no centro de Campos do Jordão, a vila abriga o Mercado Municipal, a delegacia, o pronto-socorro, o ginásio de esportes e a Igreja de Santa Terezinha.

A Vila Jaguaribe deve seu nome ao médico Domingos José Nogueira Jaguaribe Filho, que era proprietário de uma extensa área em Campos do Jordão, exatamente onde hoje se encontra a Vila Jaguaribe. No início do século, era o único médico que ia a Campos do Jordão e sua casa ficava lotada de doentes e pessoas que buscavam seu auxílio profissional. Hoje, ela tem uma parte turística e outra residencial.

A Vila Capivari recebeu esse nome do rio homônimo, que é o mais importante do município. Esta é a vila turística de Campos do Jordão, por excelência, privilegiada por uma bela plástica natural. As suas vias públicas, decoradas por muitos plátanos, cujas folhas caem em pleno outono, espalhando-se pelas alamedas, compõem uma paisagem européia apreciadíssima pelos que gostam de andar a pé.

É também o principal centro comercial da cidade, com lojas, shoppings, restaurantes, lanchonetes e malharias, além de luxuosas residências que lembram chalés suíços e palacetes imponentes, de estilo normando.

Capivari é o endereço também das baladas noturnas. Em um trevo próximo aos bombeiros ficam a Target e a Phoenix, duas das mais concorridas danceterias da estância. A Phoenix tem três pistas, uma sala vip e capacidade para três mil pessoas. Já a Target conta com duas pistas, camarote e espaço para abrigar até 2,4 mil pessoas. A Pucci é uma opção para jovens a partir de 25 anos. Seu principal diferencial é o som flash back, onde se pode relembrar as músicas que marcaram as pistas do mundo inteiro nos anos setenta, oitenta e noventa.

Atração

Em Campos do Jordão não se pode deixar de conhecer a “Vovó Hortência”, uma nostálgica Maria Fumaça construída em 1893 que é atração na Estrada de Ferro. Como nos velhos tempos, ela é movida a vapor gerado por uma caldeira aquecida a lenha. Tudo é original, incluindo o tradicional apito pedindo passagem.

Para os aventureiros de plantão, há na estância mais de cinqüenta roteiros destinados a profissionais e amadores. Para o trekking, por exemplo, a natureza reservou trilhas com caminhadas que variam de 45 minutos a até dois dias. Os pinheiros, símbolos da cidade, estão em todos os cantos.

Campos do Jordão respira turismo

O turismo é a maior fonte de renda de Campos de Jordão. Sua privilegiada localização, a uma distância relativamente pequena de três grandes capitais – São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte – garante-lhe uma freqüência apreciável de visitantes, principalmente no inverno, quando a cidade chega a receber 1,5 milhão de turistas.

São pessoas que se dirigem a Campos do Jordão em busca de lazer, compras, boa gastronomia ou simplesmente para passear e contemplar as paisagens exuberantes do Vale do Paraíba. Para os que gostam de praticar ecoturismo, o Parque Estadual Campos do Jordão, conhecido também por Horto Florestal, é um dos pontos que devem ser visitados.

Criado em 1941, portanto, o mais antigo do Brasil, o parque tem 8.341 hectares onde estão os últimos remanescentes da Floresta das Araucárias da Serra da Mantiqueira. Tem diversas trilhas onde o turista vai avistar muitas cachoeiras. O ingresso ao parque custa R$ 3 e o acesso é pela Avenida Pedro Paulo. Mais informações: (12) 262-2966.

Há ainda o Parque Estadual da Usina do Fojo, com cachoeiras de até trinta metros de queda d?água, e o Parque dos Lagos, onde há trilhas para passeios de bicicleta e a cavalo e um lago para pesca.

O local abriga ainda uma pousada, um centro de exposições onde se vende artesanato e um restaurante, onde é servido o famoso fondue. O parque fica na Estrada do Campista – km 11. Mais informações: (12) 262-1106.

Para quem gosta de percorrer trilhas a pé, há ainda a da Cachoeira da Galharada, que tem 4,5 quilômetros de extensão em terreno plano, portanto, excelente para iniciantes.

Já para quem tem mais preparo físico, é mais interessante a da Cachoeira da Celestina, que exige o acompanhamento de um guia de turismo especializado no local. A trilha é de 8,5 quilômetros de subida, que levam cerca de cinco horas para percorrer. Já a trilha do Rio Sapucaí é considerada relaxante pois fica entre campos e matas e acompanha a correnteza do rio. Mais informações sobre essas três trilhas podem ser obtidas no Horto Florestal, pelo telefone (12) 263-3762.

Esportes radicais

Para os amantes dos esportes radicais, a Pedra do Baú é um prato cheio. Com 1.950 metros de altitude, tem rochedos ótimos para todos os níveis de habilidade.

Localizado no alto da Serra da Mantiqueira, a pedra pertence ao município de São Bento do Sapucaí, porém, faz parte do roteiro turístico de Campos de Jordão.

Além de sua vocação para ponto de escalada, é um belo cenário para assistir ao pôr-do-sol, pois adquire novas cores, protagonizando um espetáculo de luzes e sombras.

Iniciantes em rapel podem praticá-lo na Pedreira, que exige somente cinqüenta minutos de caminhada para quinze metros de descida, e na Pedra Moura, adequada para os mais preparados, pois exige cinco horas de caminhada para oitenta metros de descida.

Mais informações sobre esses locais podem ser obtidas pelo telefone (12) 263-4122.

Um dos melhores lugares de onde se pode apreciar a cidade é o belvedere do Morro do Elefante, a 1,6 mil metros de altitude. Lá no alto há também uma lanchonete. Ao topo desse morro chega o teleférico da cidade, que sai de Capivari e oferece uma vista diferente da cidade. Próximo ao teleférico, são oferecidos passeios de pedalinhos.

No bairro Vila Inglesa, na Estrada para Vila Capivari, está a Ducha de Prata, um parque com duchas artificiais formadas com o represamento das águas do Ribeirão dos Perdizes. Visitantes podem tomar banhos frios (e revigorantes!) no local.

Cultura

Para quem aprecia arte, o Museu Felícia Leirner é uma das dicas. Localizado no Alto da Boa Vista, é um museu ao ar livre, com cem esculturas de bronze e cimento. O acervo inclui quase a totalidade das obras da escultora Felícia Leirner, radicada no Brasil desde 1927.

Além de ser por si só interessante, o museu é um dos melhores lugares para se observar a Pedra do Baú. O museu abre às quartas-feiras, sábados, domingos e feriados, das 9h às 18h. A entrada é franca. Mais informações: (12) 262-2334.

Ainda no rol de atrativos culturais, o Palácio Boa Vista, situado a três quilômetros da Vila Abernéssia, no Alto da Boa Vista, guarda 1.887 obras, dentre elas muitas de artistas bastante famosos como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Cândido Portinari, Di Cavalcanti e Cícero Dias.

As visitas dentro desse palácio de estilo inglês são monitoradas e devem ser feitas sempre às quartas, quintas, sábados, domingos e feriados, das 10h às 12h e das 14h às 17h. Para entrar, paga-se R$ 5. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (12) 262-1122.

Antes de viajar, é bom saber

O principal acesso para Campos do Jordão é a Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro (SP-123), que começa no entroncamento da Rodovia Carvalho Pinto/Ayrton Senna, na altura do km 310 da Rodovia Presidente Dutra. Esse entroncamento fica no subdistrito de Quiririm, entre Taubaté e Caçapava. É uma rodovia sinuosa, turística, com belos mirantes para a região do Vale do Paraíba e Serra da Mantiqueira. Abriga dois postos de abastecimentos (km 11 – Poço Grande e km 18 – acesso a Tremembé) e vários pontos de parada com produtos da região e atrações turísticas. A viagem, saindo de São Paulo, para Campos do Jordão tem duração aproximadamente de duas horas.

Se a idéia é ir a Campos do Jordão para praticar ecoturismo, é bom contatar empresas especializadas nesse ramo. Há duas tradicionais na cidade. São elas: Altus, que atende pelo telefone (12) 263-4122, e a CEMM, pelo telefone (12) 262-3588. Ambas têm pessoal habilitado para conduzir os visitantes aos principais pontos.

A cidade é um famoso centro de compras, principalmente devido à sua malharia, conhecida no mundo todo. Mas não é só isso, não deixe de experimentar e comprar também os chocolates caseiros, os doces e as compotas.

Curiosidade

O clima de montanha de Campos do Jordão (1,7 mil metros de altitude) foi reconhecido como um dos melhores do mundo no Congresso de Climatologia, realizado em Paris, em 1957. Pesquisas científicas acusaram a superioridade de seu clima em relação a Davos Platz, nos Alpes Suíços, bem como um teor de oxigenação e ozona superior ao de Chamonix, famosa estância francesa, pela pureza do ar. Em relação às demais estâncias climáticas brasileiras, Campos apresenta uma vantagem: o seu clima tropical de montanha faz com que o sol esteja presente praticamente o ano todo. No inverno, a temperatura freqüentemente cai a alguns graus abaixo de zero e registra temperatura média anual de 13 graus e a mais baixa de 4 graus negativos.

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