Caminho é o principal produto do Paraná

A Rota dos Tropeiros é a grande aposta do turismo do Paraná para alavancar o número de visitantes no Estado. Ela já existe há dois anos, porém, há menos de um está sendo divulgada como produto turístico consolidado e, este ano, foi o principal produto apresentado aos cerca de cinco mil visitantes do 10.º Salão Profissional de Turismo, promovido pela Abav-PR, em Curitiba, nos dias 23 e 24 de abril, no Estação Embratel 21 Convention Center.

O Plano Nacional de Turismo incumbiu cada estado de formatar e apresentar três produtos com forte potencial turístico para que sejam divulgados e comercializados no exterior. Segundo o secretário estadual de Turismo, Celso de Souza Caron, a Rota dos Tropeiros já está definida como um dos três produtos paranaenses. Os outros dois ainda não estão definidos, mas estão sendo estudados litoral, Curitiba e Região Metropolitana, Foz do Iguaçu e Campos Gerais.

A rota

A Rota dos Tropeiros é um roteiro integrado de turismo, que liga os estados de Santa Catarina e São Paulo, por meio de dezesseis municípios paranaenses, 21 rodovias federais e estaduais e caminhos rurais que passam por fazendas, cânions, montanhas, rios e cidades. Os dezesseis municípios que compõem a rota são: Rio Negro, Campo do Tenente, Lapa, Porto Amazonas, Palmeira, Balsa Nova, Campo Largo, Ponta Grossa, Carambeí, Castro, Tibagi, Telêmaco Borba, Piraí do Sul, Arapoti, Jaguariaíva e Sengés. Pelo fato de possuir atrativos diferenciados, o roteiro foi dividido em quatro temas: História e Cultura, Natureza e Aventura, Saúde e Bem-Estar e Fé e Misticismo. Aproximadamente quatrocentos empreendimentos, entre hotéis, restaurantes, pousadas, operadoras e agências de viagem fazem parte da rota, muitos dos quais se instalaram depois de consolidado o roteiro.

De acordo com a coordenadora técnica da rota, Luciana de Oliveira, embora não haja dados estatísticos sobre o incremento de turistas nas regiões ligadas pela rota, todos os municípios declararam ter havido um aumento do número de visitantes depois da formatação e do início de sua divulgação.

A Rota dos Tropeiros é uma iniciativa desenvolvida pelo Sebrae-PR, Associação dos Municípios dos Campos Gerais, Paraná Turismo e conta com um grupo gestor (G32), formado por um representante da iniciativa privada e um do poder público de cada um dos municípios que fazem parte do roteiro.

Mais informações sobre a rota podem ser obtidas no site www.rotadostropeiros.com.br.

Rota une natureza, fé, saúde e cultura

Ao longo da rota, o turista tem a possibilidade de conhecer as riquezas do Paraná, participando de roteiros que unem natureza, história, cultura, aventura, saúde, fé e misticismo. Veja abaixo o que os dezesseis municípios participantes da rota têm a oferecer ao turista.

Rio Negro: visita ao Parque Ecoturístico São Luiz de Tolosa, que abriga cinema, capela, loja de artesanato e o maior presépio em palha de milho do mundo.

Campo do Tenente: assistir a uma missa no Mosteiro Trapista.

Lapa: passear pelo centro histórico visitando museus, assistir à seresta no Theatro e degustar a comida típica.

Porto Amazonas: capital paranaense da maçã.

Palmeira: conhecer o roteiro do turismo rural “Caminhos da Cecília”, onde há produtores de vinhos, queijos e compotas e uma propriedade com dois pequenos museus nada comuns (barbearia e boteco), um colhe-e-pague, além da paisagem bucólica.

Balsa Nova: o distrito de São Luiz do Purunã tem várias pousadas rurais que oferecem passeios a cavalo e outras atividades ligadas ao turismo rural. No centro, há um ponto de informações turísticas e casa do artesanato. No Parque Manancial, vale conhecer a Capela do Tamanduá, a segunda mais antiga do Paraná.

Campo Largo: além de belas paisagens, a região da Estrada da Faxina tem pousadas, pista de arvorismo, restaurante e espaços holísticos. Há ainda outros roteiros como de Bateias, Estrada do Mato Grosso e a Rota da Louça.

Ponta Grossa: maior cidade da Rota dos Tropeiros, tem como principal atrativo o Parque Estadual de Vila Velha.

Carambeí: visita à Casa da Memória, antigo estábulo construído pelos primeiros imigrantes holandeses.

Castro: é um dos municípios que mais preservaram sua ligação com o tropeirismo. Lá vale a pena uma visita ao Museu do Tropeiro, onde se pode conhecer mais sobre o ciclo do tropeirismo e entender sua importância na economia do Estado. Na Colônia Castrolanda, a Fazenda Capão Alto e o Memorial da Imigração Holandesa (com o maior moinho fora da Holanda) são alguns dos atrativos.

Tibagi: conhecer a loja de artesanato, com muitas peças em lã de carneiro, é uma boa pedida. Mas, neste município, têm destaque mesmo as belezas naturais, em especial, o cányon do Guartelá, e diversos locais para se fazer rafting e outras atividades de turismo de aventura.

Telêmaco Borba: além de visitar a Casa do Artesão, a maior de toda a região, o turista pode fazer o passeio de bondinho aéreo, que liga a sede do município a uma bela vila chamada Harmonia, através do maior vão livre do mundo, com 1.318 metros de comprimento e 76 metros acima do Rio Tibagi.

Piraí do Sul: o destaque é para o Santuário Nossa Senhora das Brotas.

Arapoti: visita à Casa da Cultura, de interessantes acervo, arquitetura e paisagismo.

Jaguariaíva: lá o turista tem duas opções culturais para visitar, que são o Palacete Matarazzo e a Casa da Cultura. Já para quem procura saúde e bem-estar, vale visita ao Parque Linear e ao recém-inaugurado Parque do Tropeiro. Para os mais aventureiros, um programa imperdível é fazer rafting pelo Rio Jaguariaíva, além de outras modalidades de turismo de aventura, como rapel e canyoning.

Sengés: o forte são também as atividades de aventura em meio à natureza, das quais se destacam as trilhas, em especial, a que leva ao Salto do Corisco.

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