Em 2003, 4,09 milhões de turistas estrangeiros vieram ao Brasil, número 8,12% maior que o registrado em 2002, quando o País recebeu 3,78 milhões. Este é um dos dados do Anuário Estatístico 2004 da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo) disponível no Portal Brasileiro de Turismo. O estudo revelou também que, entre os países europeus, está sendo registrado acentuado crescimento no fluxo dos holandeses e portugueses para o Brasil.
Em três anos, houve um aumento de 83% no número dos visitantes vindos da Holanda, cuja área é pouco menor que a do Estado do Rio de Janeiro. Eles somaram 77.693 pessoas em 2003, ocupando, pela primeira vez, a 12.ª posição no ranking brasileiro. Os portugueses também estão vindo mais ao País, chegando à segunda posição entre os países europeus e quinta no ranking geral, após ultrapassar França, Itália, Chile e Paraguai em 2003. Foram 228.153 naquele ano, indice 55% maior do que o registrado em 2000. O número de europeus superou o de sul-americanos, invertendo as posições históricas que os dois continentes ocupavam. Os 1.567.708 turistas vindos da Europa superaram os 1.532.234 visitantes da América do Sul. O fluxo do Velho Continente subiu 14% em relação a 2002, enquanto o crescimento na vinda dos turistas sul-americanos foi de 4,79%.
"Em parte, esse incremento europeu pode ser explicado pelo grande trabalho para captar vôos charters para o Brasil, em especial para o Nordeste", afirma José Francisco de Salles Lopes, diretor de Estudos e Pesquisas da Embratur. Os quatro principais emissores de turistas para o Brasil permanecem sendo Argentina (792.753, em 2003), Estados Unidos (670.863), Alemanha (315.532) e Uruguai (239.885). Tendo recebido 13,37% mais argentinos e 7,85% mais uruguaios, o País começa a recuperar o fluxo de sul-americanos que havia caído expressivamente em 2002 em função da crise econômica da Argentina. Pela primeira vez, México e Japão figuram entre os primeiros 18 emissores, nas posições 16.ª e 18.ª, com 51.204 e 42.791 turistas em 2003, respectivamente.