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| Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar. |
O Festival de Inverno da Universidade Federal do Paraná, que teve início ontem em Antonina (PR), não é o único atrativo do município nesta alta temporada. Andando pelas ruas da cidade, é possível conhecer muito da história e cultura de Antonina, cidade localizada no litoral do Paraná. Um fim de semana é suficiente para conhecer o que há de melhor nessa pequena cidade de vinte mil habitantes. Desiré de Oliveira, coordenadora da oficina Turismo Cultural – Construção de Roteiros Temáticos, do 12.º Festival de Inverno, indica alguns locais que não podem ficar de fora. O passeio pode começar, por exemplo, pela Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar, localizada na Praça Coronel Macedo. O Teatro Municipal também é visitação obrigatória. A Igreja de São Benedito dá mostras da época colonial, enquanto a Rua Vicente Machado apresenta um pouco da arquitetura romântica.
A antiga Estação Ferroviária não está aberta para visitas, uma vez que passa por reformas. Próxima à estação, está a Igreja Bom Jesus do Saivá, um monumento histórico do século XVIII. O mirante da Pedra permite visão de toda a baía. A Ponta da Pita e o Complexo Industrial Matarazzo também fazem parte da história de Antonina. Por curiosidade, é possível conhecer uma das mais antigas farmácias do Brasil e ainda a casa onde morou Caetano Munhoz da Rocha, que hoje abriga a Casa de Artesanato.
Aliás, o artesanato também integra o turismo local. Pilões de madeira, cestarias em cipó e taquara, além de miniaturas de canoas, violas e outros objetos podem ser encontrados por toda parte. Na cozinha, reina o barreado, originário dos sítios de pescadores do litoral. A cidade prepara a receita há cerca de dois séculos, seguindo os passos de pessoas antigas descendentes dos caboclos litorâneos.
Monumento em movimento
De hoje até dia 20 de julho, a UFPR instalará em Antonina o projeto Monumento em Movimento. Com ele, os turistas podem conhecer a cidade acompanhados por um guia. Todos os dias, há duas saídas – às 10h e 14h – sempre do QG do festival. O passeio tem duração de duas horas e passa por todos os pontos importantes da cidade.
Para quem quer explorar Antonina sozinho, é possível seguir o caminho tradicional da cidade ou experimentar um dos roteiros temáticos desenvolvidos pela oficina de Desiré, que inclui rota de igrejas, música e até mesmo personagens importantes da cidade e também do imaginário dos habitantes.
A oficina Turismo Cultural – Construção de Roteiros Temáticos, comandado por Desiré de Oliveira, mostra como é possível deixar um pouco de lado os roteiros tradicionais e tornar a cidade ainda mais interessante. Antonina pode ser conhecida a partir de um roteiro de igrejas, uma programação pautada em personagens da cidade ou até mesmo levando em consideração o perfil musical da cidade.
O roteiro das igrejas pode abordar, além da religiosidade, a arquitetura do local e também sua criação. No caminho traçado pelos personagens da cidade, pode-se ter idéia de quem foi o fundador da cidade, sargento-mor Manoel do Vale Porto, ou Bento Cego, músico importante do Paraná – tudo isso em sintonia com os principais pontos. Bento Cego também entra no roteiro musical, que passa ainda pela Filarmônica de Antonina, o coreto, o Teatro Municipal e os festivais.
O roteiro fantasmagórico, feito no último festival, será reapresentado devido ao grande sucesso no ano passado. O passeio resgata vários personagens importantes do imaginário de Antonina, como a cigana Bartira e a Pampa sem Cabeça, além das aparições de santas e fantasmas.
Fique por dentro
– Antonina fica a 84 quilômetros de Curitiba. O acesso é pela BR-277, após Morretes ou pela BR-116, descendo pela Serra da Graciosa.
Não se preocupe com o frio. No inverno, a temperatura média na cidade é de 18 graus.
Leve calçado confortável, de preferência, tênis. A maior parte do município pode ser conhecida a pé e há muitas trilhas ecológicas.
– Interessante também é ter roupa de banho já que, durante o dia, faz bastante calor. À noite, a temperatura cai e é preciso usar um casaco leve.